O diabetes é uma doença bastante comum – estima-se que ela atinja 9 milhões de brasileiros, segundo Pesquisa Nacional de Saúde realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, em 2015. O mal relacionado ao nível de glicose no organismo é dividido em dois tipos, de acordo com os sintomas e a fase em que se manifesta: enquanto o tipo 1 aparece na infância, o tipo 2 geralmente dá as caras na vida adulta. No entanto, um grupo de pesquisadores sugere que a doença seja separada em até 5 divisões.
O estudo, feito pela Lund University, na Suécia, destaca que o diabetes tipo 2 abrange casos muito diferentes – seja pela idade, seja pelo risco de complicações, seja pela resposta ao uso da insulina. A análise feita com quase 15 mil pacientes na Suécia e Finlândia, com mais de 18 anos e recém-diagnosticados com a doença considerou seis métricas distintas: sensibilidade à insulina, idade em que o diagnóstico aconteceu, índice de massa corpórea, presença de anticorpos ligados ao diabetes autoimune, controle da glicemia no sangue e funcionamento das células que produzem a insulina.
Os resultados encontrados revelam que o diabetes tipo 1 continua sendo a manifestação autoimune da doença, que surge na infância, mas que o diabetes tipo 2 poderia ser dividido em até 4 novas classificações, chamados de grupos.
Nova classificação para o diabetes tipo 2
O grupo 2 ficaria praticamente igual ao anterior, mas sem a característica autoimune da doença. Já quem pertence ao grupo 3, teria uma grande resistência à insulina e alto risco de problemas nos rins, algo que os demais grupos não manifestaram.
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O tipo mais comum do diabetes foi classificado como grupo 4, que é mais moderado e atinge pacientes mais velhos. Por fim, o grupo 5 seria associado à obesidade – e também é considerado mais leve. Cada um desses grupos é geneticamente distinto, o que mostra que são tipos independentes e não uma evolução da mesma forma da doença.
O grande objetivo da investigação é aprimorar o tratamento do diabetes, para atenuar as possíveis complicações de acordo com cada caso específico: “A nova classificação pode, eventualmente, ajudar a adaptar e atingir o tratamento precoce para pacientes que se beneficiariam mais, representando um primeiro passo para a medicina de precisão em diabetes”, destacou o grupo de pesquisadores.