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Dormir tarde aumenta risco de morte prematura, aponta estudo

A intenção dos pesquisadores é alertar a sociedade dos perigos da disfunção metabólica, muitas vezes causada pelos horários rígidos da jornada de trabalho.

Por Camila Junqueira, Gislene Pereira
Atualizado em 21 out 2024, 17h33 - Publicado em 20 abr 2018, 18h58
Emagrecer está entre os benefícios de dormir bem
 (KatarzynaBialasiewicz/Thinkstock/Getty Images)
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Você é daquelas pessoas que custam a pegar no sono, sentem-se mais despertas à noite e ainda não conseguem acordar cedo no dia seguinte? Se sim, saiba que o hábito de postergar a hora de ir para a cama pode ser realmente prejudicial à saúde. É o que mostra um novo estudo da Universidade de Northwestern, Estados Unidos, feito em parceria com a Universidade de Surrey, no Reino Unido.

Na investigação, os voluntários responderam perguntas sobre seus hábitos, definindo-se como pessoas “definitivamente matinais”, “moderadamente matinais”, “definitivamente noturnas” ou “moderadamente noturnas”. Após observar os dados de mortalidade da amostra por até 6 anos e meio, a pesquisa concluiu que quem dorme tarde tem 10% mais chances de morte precoce do que as pessoas que descansam mais cedo. Foram analisadas informações do UK Biobank, que reúne dados de saúde de cerca de 500 mil pessoas entre 38 e 73 anos, coletados entre 2006 e 2010.

Para Kristen Knutson, professora da Northwestern University e uma das autoras do estudo, quem tem hábitos noturnos possui chances maiores de desenvolver diabetes, transtornos psicológicos e neurológicos. As causas para a dificuldade de dormir cedo são diversas: “Pode ser stress, refeições fora de hora, falta de exercício físico, pouco sono, querer permanecer acordado ou até o uso de álcool e drogas”, explicou Kristen, em comunicado oficial.

Dormir tarde aumenta risco de morte prematura, aponta estudo
(eggeeggjiew/Thinkstock/Getty Images)
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O principal problema é o ajuste do relógio biológico. Como vivemos em um mundo com obrigações e atividades diurnas, as pessoas que dormem tarde tendem a sofrer mais na adaptação do organismo.

A intenção do estudo é alertar a sociedade dos perigos da disfunção metabólica, muitas vezes causada pelos horários rígidos da jornada de trabalho. “Se nós pudermos provar que dormir tarde é um traço genético e não só uma característica, o expediente poderia ser mais flexível”, defende Kristen. Dessa forma, quem tem hábitos noturnos poderia trabalhar no horário em que seu corpo tem mais disposição e não forçado a acordar extremamente cedo.

Dicas para dormir mais cedo

Kristen sugere que, além de estabelecer um horário fixo para deitar-se todos os dias, a medida mais importante para mudar os hábitos é regular a exposição à luz, que deve ser maior de manhã e quase mínima à noite. Você pode experimentar acordar com a luminosidade natural e desligando todos os aparelhos eletrônicos antes de ir para a cama, por exemplo.

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Outro fator que ajuda é adiantar todos os afazeres para deixar a noite livre. O acúmulo de atividades e pendências pode acabar espantando o sono, o que fará de você uma pessoa noturna.

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