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Dieta com pouca gordura e restrição calórica protegeriam cérebro

Em pesquisa feita com ratos, cardápios com essas características se mostraram protetores das funções cerebrais

Por Redação BOA FORMA
Atualizado em 21 out 2024, 17h36 - Publicado em 12 mar 2018, 18h28
legumes cozidos
 (jenifoto/Thinkstock/Getty Images)
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Reduzir o consumo de calorias ingeridas diariamente e priorizar alimentos com pouca gordura parece ativar um tipo de célula cerebral, a microglia, responsável por manter a integridade e o funcionamento normal do sistema nervoso central. É o que aponta um novo estudo publicado nesta segunda-feira (12) no periódico científico Frontiers in Molecular Neuroscience.

O objetivo dos pesquisadores da Universidade Medical Center Groningen, na Holanda, era investigar se um cardápio com muita ou pouca gordura, associado a exercícios e restrição calórica, tem impacto na atividade da microglia de ratos. Disfunções nessa célula estão ligadas ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, e são mais frequentes em idosos.

Para o estudo, os experts avaliaram o impacto de dietas muito e pouco gordurosas no cérebro de ratinhos de 6 meses de vida – mais especificamente a região do hipotálamo, que controla, entre outras coisas, a fome. Depois, eles investigaram o mesmo efeito em animais de 2 anos. Todos os bichos receberam um cronograma de exercícios (corrida na roda) e de restrição calórica (reduziram em 40% o valor energético ingerido diariamente).

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Os resultados mostraram que a inflamação da microglia foi amenizada apenas com o combo dieta pouco gordurosa e restrição calórica. “Só comer menos gordura não foi suficiente para evitar esse problema”, diz Bart Eggen, principal autor do artigo. Outro ponto que chamou a atenção dos pesquisadores é que a atividade física se mostrou menos efetiva do que a restrição calórica na proteção da massa cinzenta.

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Mas nada de faltar no treino por causa disso! Os próprios cientistas ponderam que ainda não é possível tirar conclusões definitivas desse trabalho. Mais estudos são necessários para entender o real significado dos achados, inclusive nos ratos. Segundos os autores, ainda é preciso saber se outros modelos alimentares teriam esse mesmo efeito e como as mudanças apontadas afetam a cognição dos animais.

Apostar em uma vida ativa, com alimentação saudável e equilibrada, continua sendo, portanto, a melhor forma de proteger seu cérebro (e sua saúde) contra os males do envelhecimento.

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