Nos últimos tempos, a ciência tem se debruçado sobre os efeitos do café no nosso corpo. E, olha, as notícias são boas: a bebida já foi associada à prevenção de vários tipos de câncer, à proteção contra males cardiovasculares e até ao aumento da expectativa de vida. O achado mais recente diz respeito à redução do risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
Cientistas portugueses concluíram que o consumo moderado de café (de 3 a 5 xícaras por dia) está relacionado à redução do declínio cognitivo, processo pelo qual se caracterizam as demências. A evidência foi apresentada em outubro de 2016 por pesquisadores do Instituto para Informação Científica de Café, uma organização não-governamental europeia dedicada ao estudo dos benefícios do grão para a saúde.
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Em um levantamento analisado pela entidade, notou-se que o hábito de tomar o líquido escuro pode reduzir em até 27% o risco de desenvolver Alzheimer. E outros trabalhos também associaram o costume à prevenção desse mal. Os mecanismos por trás do elo, no entanto, ainda não estão claros. A principal hipótese é que estejam ligados à cafeína e aos vários compostos antioxidantes e anti-inflamatórios presentes na bebida.
Para Rodrigo A. Cunha, professor da Universidade de Coimbra, em Portugal, e um dos autores do estudo, é importante que os profissionais de saúde repassem informações com embasamento científico aos seus pacientes. E, embora muitos outros fatores estejam relacionados ao desenvolvimento dos males cognitivos, recomendar o consumo moderado de café pode ser um bom caminho – principalmente numa época em que parte do mundo tem mais pessoas da terceira idade do que jovens. Vai um cafezinho aí?