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Brasil terá regras mais duras sobre rótulos de alimentos industrializados

Novas regras de rotulagem estão sendo debatidas para ajudar a população a fazer escolhas alimentares mais saudáveis

Por Giulia Granchi
Atualizado em 21 out 2024, 17h31 - Publicado em 23 Maio 2018, 15h42

Em busca de combater a obesidade, o governo brasileiro estipulou que alimentos industrializados informem no rótulo o teor de elementos que podem fazer mal à saúde, como sódio, açúcares e gordura. A ideia é que o alerta esteja na parte frontal da embalagem e que seja sinalizado por um círculo, uma lupa ou outro formato que chame atenção para o que o consumidor está comprando.

A proposta foi anunciada nesta terça-feira (22) pelo ministro da Saúde, Gilberto Occhi, durante discurso em evento da Organização Mundial da Saúde (OMS), em Genebra, na Suíça. Buscando trazer orientações claras para que a população faça escolhas mais saudáveis, as novas regras de rotulagem vêm sendo debatidas desde 2017. A discussão conta com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de universidades. Uma consulta pública com a sociedade está prevista ao final do processo.

“O objetivo é combater o excesso de peso e a obesidade, que apresentam níveis preocupantes na população brasileira”, afirmou o governo, em nota oficial. Novos dados do Ministério da Saúde – obtidos por meio do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) – mostram que o excesso de peso atingiu 54% da população nas capitais do país, sendo que 18% estão obesos.

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Guerra contra o açúcar

O país também está desenvolvendo estratégias focadas em reduzir o consumo de açúcar. Entre as ações está a criação Plano Nacional de Redução do Açúcar em Alimentos Industrializados, que visa retirar boa parte do ingrediente doce de itens vendidos no mercado. A ideia é similar ao que foi feito, entre 2008 e 2016, com o sódio – 17 mil toneladas foram retiradas dos produtos! “Estamos engajados na adoção de políticas concretas e efetivas”, afirmou o ministro Gilberto Occhi.

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