Hipertrofia muscular previne doenças cardiovasculares, câncer e mais
Estudo apontou que a hipertrofia muscular juntamente com a diminuição da perda de massa muscular são a chave para a longevidade
Um estudo recente liderado por um cientista da Universidade de Auburn, nos Estados Unidos, descobriu que a hipertrofia muscular e a diminuição da perda de massa muscular podem ser a chave para a longevidade e a prevenção de doenças graves como, por exemplo, problemas cardiovasculares, câncer, diabetes e enfermidades respiratórias crônicas, que fazem parte das chamadas Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
O experimento apontou que o treinamento com pesos, seja por meio de equipamentos ou do uso do próprio peso do corpo, estimula uma série de mecanismos fisiológicos no organismo, que geram o crescimento de músculos (hipertrofia) e previnem a perda de massa muscular. Saiba mais!
Estudo sobre benefícios da hipertrofia muscular
De acordo com o estudo publicado na revista científica Physiological Reviews, os estímulos gerados pela hipertrofia muscular são capazes de gerar síntese proteica elevada, o que colabora para melhorar a qualidade de vida e bem-estar, também aumentando a longevidade e prevenindo contra as doenças que mais afetam a população.
“A pesquisa mostra que é essencial compreender os métodos que influenciam a hipertrofia muscular, resultante do treinamento com sobrecarga. Esse conhecimento contribui para indicar os tratamentos mais eficazes, visando preservar ou aumentar a massa muscular, além de indicar a nutrição que requer para hipertrofia”, explica Nozelmar Junior, professor universitário de Anatomia e Fisiologia Humana, Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido, e gerente de musculação e produtos da Bluefit.
“Além disso, o estudo demonstra que os benefícios da hipertrofia muscular e a diminuição da perda de massa muscular vão além da estética, uma vez que são aliados na promoção da longevidade e prevenção das doenças que mais afetam a população”, completa o profissional.
Segundo o Ministério da Saúde, as chamadas Doenças e Agravos Não Transmissíveis (DANT), que abrangem problemas cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas, juntamente com acidentes e violências, estão lançando uma sombra sobre o cenário da saúde.
Em 2019 no Brasil, constatou-se que 54,7% dos óbitos registrados no país foram resultado de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), enquanto 11,5% foram causados por agravos. Alarmantemente, o Brasil testemunhou mais de 730 mil falecimentos devido a DCNT no mesmo ano. Desses, expressivos 308.511 (41,8%) ocorreram prematuramente, alertando para a urgência de ações eficazes na prevenção e no controle dessas enfermidades silenciosas que assolam nossa população.
“No mundo todo, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam as principais causas de mortalidade. Diante disso, a pesquisa aponta o treinamento com pesos como aliado no combate a essas enfermidades e no auxílio à longevidade da população, além de ser um recurso potencial para as políticas públicas de prevenção das doenças que mais afetam a população”, ressalta Nozelmar Junior.