Vale a pena usar faixas de resistência no treino?
As minibands ou bands são ótimos acessórios para melhorar o fortalecimento e aumentar a resistência muscular
No auge da pandemia de coronavírus, os acessórios de ginástica esgotaram em muitas lojas por todo o país. E, dentre os itens queridinhos para os treinos em casa, estavam as faixas de resistência.
Também chamadas de minibands ou bands, dependendo do tamanho, essas faixas são elásticas, feitas em látex, e com diferentes níveis de compressão – baixa, média e alta resistências.
Apesar do sucesso aparentemente temporário, elas são extremamente úteis: podem ser usadas tanto com fins terapêuticos, como também em treinos de resistência, para realizarmos diversos exercícios para todas as partes do corpo.
POR QUE INVESTIR NAS FAIXAS DE RESISTÊNCIA?
“São acessórios eficazes e práticos para levar a qualquer lugar, além de não ocuparem espaço ao serem armazenados”, explica a educadora física Vanessa Furstenberger. “Cabem em malas e bolsas… Além disso, possibilitam treinar diversas partes do corpo em qualquer local.”
E mais: essas faixas são tão versáteis que podem ser usadas em várias modalidades, como musculação, crossfit ou pilates, para ajudar a potencializar os treinos.
De acordo com a educadora física, as bands têm uma série de benefícios e, por isso, são um investimento super válido, quer você treine em casa, quer treine na academia:
- Colaboram com o fortalecimento de articulações e músculos
- Aumentam a resistência e força muscular
- Geram um aumento relativo do volume muscular
- Melhoram o alongamento
Um parênteses: vale a pena sempre se manter atenta à qualidade da faixa, que pode cair com o tempo. “Depois de um determinado tempo de treino regular, as bands acabam perdendo a intensidade e necessitam ser utilizadas em algumas situações juntamente com outros equipamentos (na musculação, no pilates, etc.) ajudando a potencializar os treinos”, explica Vanessa.
VALE A PENA USAR FAIXAS DE RESISTÊNCIA?
Se você tem dúvidas sobre a efetividade de uma faixa de resistência, pode respirar tranquilamente: por conta das diferentes compressões, elas podem colaborar para treinos mais ou menos intensos, garantindo a mudança de estímulo e acompanhando a evolução da prática.
“Quanto mais forte a faixa, mais difícil a execução dos movimentos”, diz Vanessa. “Nesse caso, a cor do elástico indica a sua dimensão e resistência. Essa resistência varia de um fabricante para o outro, mas na maioria das embalagens vem um indicativo relacionando a cor e a resistência. O ideal é sempre, no caso de iniciantes, começar pelos níveis mais fáceis e aumentar gradativamente. Já no caso dos intermediários, testar as resistências médias e evoluir para as mais intensas. Praticantes avançados podem usar as fortes, extra-forte e ultra-forte.”
Dois pontos de atenção para manter em mente em relação a esses acessórios é buscar evoluir a intensidade dos exercícios mudando as faixas, para evitar lesões a longo prazo, e também sempre guardá-las com um pouco de talco. Isso evita o ressecamento e possível “quebra” das faixas durante o uso – o que, de fato, pode acontecer.
“Também devemos observar antes do uso se não existe nenhuma fissura na borracha que possa oferecer o risco da faixa estourar durante a execução dos exercícios”, diz.