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Crucifixo com halteres: qual é a amplitude correta?

Entenda até onde descer no crucifixo para trabalhar o peitoral sem sobrecarregar os ombros

Por Helena Saigh
12 dez 2025, 18h00 •
crucifixo com halteres
Amplitude exagerada no crucifixo não significa mais resultado. (prostooleh/Freepik)
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  • O crucifixo com halteres é um dos exercícios mais populares para o peitoral, mas também um dos que mais geram erros de execução. A principal dúvida costuma ser até onde os braços devem descer durante o movimento. Embora muita gente associe mais amplitude a mais resultado, no crucifixo essa lógica nem sempre se aplica.

    A forma como o exercício é executado influencia diretamente tanto a ativação muscular quanto a saúde das articulações, especialmente dos ombros.

    Até onde descer no crucifixo sem sobrecarregar os ombros

    Estudos biomecânicos que analisam exercícios para o peitoral mostram que amplitudes excessivas no crucifixo aumentam significativamente o estresse na articulação do ombro. Uma pesquisa publicada no Journal of Strength and Conditioning Research observou que, quando os halteres descem além da linha do tronco, a tensão deixa de se concentrar no peitoral e passa a recair sobre estruturas passivas do ombro, como a cápsula articular e os tendões do manguito rotador.

    Na prática, isso significa que descer mais do que o necessário não aumenta o estímulo muscular e ainda eleva o risco de dor e lesão.

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    Qual é a amplitude considerada correta?

    A amplitude ideal do crucifixo acontece quando os braços descem em arco até ficarem aproximadamente alinhados ao tronco, com os cotovelos levemente flexionados e os ombros estáveis sobre o banco. Nesse ponto, o peitoral já está suficientemente alongado para gerar um bom estímulo, sem comprometer a articulação.

    Um estudo publicado no European Journal of Applied Physiology indica que amplitudes controladas, associadas a uma execução lenta, favorecem maior ativação do peitoral maior quando comparadas a movimentos muito profundos ou realizados com cargas excessivas.

    Mobilidade e limites individuais fazem diferença

    Nem todas as pessoas têm a mesma mobilidade de ombro. Quem apresenta encurtamentos musculares, pouca estabilidade escapular ou histórico de lesão deve trabalhar com uma amplitude mais curta, priorizando controle e conforto articular.

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    Revisões publicadas no British Journal of Sports Medicine reforçam que respeitar os limites individuais de mobilidade é um dos principais fatores para reduzir o risco de lesões em exercícios de membros superiores, especialmente aqueles que colocam o ombro em posições de grande abertura.

    A subida também influencia o resultado

    A execução correta do crucifixo não depende apenas da descida. Na fase de subida, os halteres devem retornar em arco até se aproximarem no centro do movimento, sem se chocarem. A ideia é manter tensão contínua no peitoral, evitando movimentos rápidos ou impulsionados, que diminuem a eficiência do exercício e aumentam compensações.

    No crucifixo com halteres, a amplitude correta não é a maior possível, mas a mais segura e eficiente para o peitoral. Descer até a linha do tronco, manter controle do movimento e respeitar a mobilidade individual são os principais pontos para obter bons resultados sem sobrecarregar os ombros. Quando bem executado, o exercício contribui para o fortalecimento do peitoral e para treinos mais seguros e consistentes.

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