Saiba como correr e ainda doar dinheiro para despoluir os oceanos
Adidas lança campanha Run For The Oceans, que destinará um dólar a cada quilômetro percorrido usando o aplicativo Runtastic
Não sei quanto a você, mas eu sou apaixonada por corrida e adoro estrear um novo look fitness na academia. Agora, imagine fazer tudo isso e, de quebra, ajudar a despoluir os oceanos. Essa é a ideia da Adidas em parceria com o projeto Parley – juntos, eles querem diminuir a quantidade de garrafas plásticas nas águas do mundo. A união, que surgiu em 2015, agora envolve todos os corredores do mundo na causa. Estive em Los Angeles (EUA) nos últimos dias para o lançamento mundial da campanha Run For The Oceans e conto aqui como você também pode participar.
1. Acelere
Até o dia 8 de julho, todas as pessoas que correrem usando o aplicativo Runtastic ajudarão na causa. Basta entrar na comunidade Run For The Oceans e acionar o GPS do celular para marcar seu percurso. A cada um quilômetro percorrido, a Adidas doará um dólar para a Parley. “Nosso valor limite é de 1 milhão de dólares, que devemos alcançar antes do fim do mês”, diz Nick Maass, diretor de estratégia da marca esportiva.
A ideia é que esse dinheiro seja usado no desenvolvimento de uma plataforma digital que levará conhecimento sobre o assunto para as escolas de todo o globo. “Quando envolvemos as crianças na causa, elas levam o que aprenderam para casa e exigem dos pais uma mudança de comportamento.” Em São Paulo, haverá um megaevento no dia 24 de junho (você pode se inscrever pelo próprio aplicativo).
2. Vista-se de forma sustentável
Durante o evento nos Estados Unidos, a Adidas também lançou a segunda edição de sua coleção Parley, que usa material reciclável na confecção de roupas, maiôs e calçados. O cabedal (parte de cima) do Ultraboost Parley, por exemplo, é feito de onze garrafas retiradas do oceano. “Em vez de produzirmos mais plástico, reciclamos o que estava poluindo a natureza”, explica Matthias Amm, diretor de produtos da marca.
Ao todo, são 5 milhões de tênis sustentáveis que continuam com o mesmo conforto e performance dos originais. “Acredito que em alguns anos todo nosso catálogo vá usar material reciclável.” A nova coleção começa a ser vendida no Brasil no dia 20 de junho, com um preço um pouco mais elevado do que o de costume.
3. Mude seus hábitos
Aqui, pude conversar com o surfista peruano Gabriel Villarán e com a mergulhadora sul-africana Hanli Prinsloo. Ambos, por estarem sempre dentro d’água e verem de perto as consequências da poluição, estão totalmente envolvidos com o projeto. “Toda semana você escuta notícias de animais mortos com plástico na barriga. Estamos destruindo nossos oceanos”, alerta Hanli. “As consequências já chegam até nós, porque acabamos comendo esses peixes intoxicados.”
Gabriel, por exemplo, evita ceviche e pratos com frutos do mar porque adoeceu algumas vezes com a contaminação. “É muito triste chegar a uma praia para surfar e ter que ir embora porque a água está poluída com fraldas, embalagens e até escorredor de macarrão.” Segundo a Parley, mais de 80% dos dejetos nos mares chegam dos rios, onde as pessoas costumam atirar lixo.
Acredito que esse não seja seu caso (de jogar coisas nos rios), mesmo assim, você mudar alguns hábitos para evitar a produção de mais plástico. “Troque a garrafa de água por um squeeze de metal, dispense a tampa de plástico do copo de café e não use canudos”, diz Hanli. Para Gabriel, atitudes simples fazem toda a diferença. “Vá a mercados menores que não embalam todas as frutas e vegetais com plástico e leve sua sacola de compras para carregar os produtos.”