Aulas com hits do momento queimam até 500 calorias
Além de aprender as coreografias do carnaval, você ainda recebe uma boa dose de autoconfiança
O que não pode faltar para uma aula animada são os hits que não saem da nossa cabeça e fazem a gente tirar o pé do chão no feriado. Então imagine quando a aula é específica para isso! Hoje, é difícil encontrar um lugar que não ofereça aulas de dança com as músicas mais bombadas do ano inteiro — e que chegam a queimar até 500 calorias em 60 minutos!
Aumentar o bem-estar ao som de Anitta é muito tentador, não é mesmo? Pois saiba que a atividade traz ainda mais benefícios. “A dança, no geral, além de realizar um trabalho cardiovascular, aumenta a resistência aeróbica, a força muscular, a coordenação motora, a flexibilidade e o lado social, uma vez que você faz amigos e melhora a autoestima”, afirma a educadora física especialista em dança Eliane Dana (professora Batata), da Companhia Athletica, em São Paulo.
Se você já se convenceu de que quer aprender a rebolar, fazer o quadradinho e descer até o chão, é preciso primeiro entender que existem algumas diferenças entre as aulas oferecidas em cada estabelecimento. “As práticas coreografadas possuem objetivos diferentes. O Fitdance e a Zumba, por exemplo, focam mais na melhora do corpo. Então os movimentos são mais fáceis e se baseiam em exercícios de força e condicionamento: se você faz para um lado, tem que fazer para o outro”, explica a dançarina Bella Fernandes, coreógrafa do programa “Dancing Brasil”, da TV Record, bailarina da Claudia Leitte e professora da academia Les Cinq Gym, em São Paulo.
Já os vídeos que a gente sofre para copiar nas redes sociais, como os do Daniel Saboya ou Justin Neto, têm outra preocupação, a performance. “Neles, o gasto calórico não é tão importante quanto o empoderamento do corpo e a consciência corporal”, diz Bella. É aqui que você leva de quebra alguns aprendizados sobre os ritmos musicais.
Aulas de dança: Como funcionam
O desenrolar das aulas vai depender muito do professor, da frequência com que elas são dadas na semana e da evolução da sala no geral. Sendo assim, há a possibilidade de aprender a dançar um hit por semana, por mês, por semestre… E por aí vai. Durante a pandemia, muitas das aulas estão sendo ministradas online.
As coreografias também ficam a cargo do instrutor, e cada um tem sua estratégia própria para montar os movimentos. Enquanto Bella prefere trazer as músicas prontas para os alunos, Eliane constrói e adapta o show de acordo com a turma. “É bom porque eu consigo perceber se há mais iniciantes, quais as suas principais dificuldades e adaptar os passos para que todos saiam contentes”.
Contudo, é preciso entender que pode levar algum tempo até você sair fazendo o passinho do funk como profissional. “Geralmente a pessoa se dedica em apenas algumas horinhas da semana, por isso a evolução pode ser um pouco lenta. Mas a gente não deixa de notar a melhora da memória corporal e mais fluidez nos movimentos”, afirma Bella.
Quebrando preconceitos
E antes de você sair pensando “eu nunca conseguiria” ou “eu sou muito desastrada para isso”, vamos lembrar que todo mundo vai às sessões para aprender também? Para desinibir os mais tímidos, Bella conta que, durante os 20 primeiros minutos, costuma introduzir alguns passos básicos da música a ser ensinada ou até dinâmicas que promovem um maior entrosamento do grupo.
Com o tempo, a vergonha vai embora e a relação com você mesma evolui. “A dança também é arte, ela coloca quem a pratica em evidência, traz sensualidade e te dá domínio sobre o próprio corpo”, diz Bella.
A coreógrafa defende também que trazer os hits para dentro das academias acaba com pensamentos um tanto atrasados. “O funk mostra que é um estilo musical como todos os outros e todo mundo pode rebolar e ser sexy”.