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4 motivos para começar a dançar – emagrecer está no topo da lista

Cansou de fazer sempre o mesmo treino na academia? A dança pode ser o caminho para queimar calorias se divertindo

Por Daniela Bernardi
Atualizado em 21 out 2024, 17h41 - Publicado em 15 Maio 2017, 15h58
Mulher dançando
 (Trunck archive/Trunck archive)
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Até pouco tempo atrás, parecia que o único caminho para emagrecer era suar o top na academia ou na corrida. Quem não curtia essas modalidades se sentia fora de compasso. Mas aulas de dança (da zumba ao pop) não param de ganhar adeptas porque propõem queimar calorias se divertindo. Solte a Shakira que existe em você!

1. Descer até o chão faz o bumbum levantar

É verdade que a dança não vai hipertrofiar suas pernas como um treino de musculação. Mas pode ter certeza: a definição aparece conforme você manda embora as gordurinhas extras. “Para Anitta fazer quadradinho e para Beyoncé rebolar até lá embaixo, elas exigem muito das coxas e dos glúteos e precisam trabalhar bastante o core para controlar o movimento”, diz Justin Neto, educador físico e criador da Dance Clip, aula favorita das famosas do Rio de Janeiro. Com as fibras acionadas o tempo inteiro, as pernas e o abdômen ganham tônus sem você fazer careta. Adicione saltos, agachamentos e requebrados à coreografia para conquistar um bumbum empinadinho. “Como se fosse uma ginástica funcional, vários músculos são envolvidos ao mesmo tempo e aumentam sua resistência, o que facilita a execução das atividades do dia a dia”, diz Isabel Chateaubriand, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Só lembre-se de manter os exercícios de fortalecimento em dias alternados à dança, principalmente se você costuma sentir dores nas articulações, como nos joelhos e no quadril.

2. Emagrece, sim!

De tão divertida, a dança nem parece um exercício físico. Mas, assim como outras atividades, em um ritmo intenso ela acelera o batimento cardíaco (em média, a 79% da frequência máxima, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Brighton, na Inglaterra). “Em uma hora, dá para gastar até 800, dependendo de como você se dedica na aula”, diz o educador físico Bruno Mendes, criador do método Burn Dance, de Brasília. A dica dele é unir os movimentos de braços e pernas e realizá-los da maneira mais ampla possível. Com o tempo, você acaba pegando alguns comandos do professor, o que ajuda a prever o passo seguinte. “Então basta colocar emoção e explosão para a exigência de esforço ser cada vez maior”, explica a coreógrafa Juliana Lopes, da escola Step Dance Beauty, em São Paulo. Mesmo que seu talento como dançarina não seja lá grande coisa, o mais importante é se mexer. “Não se preocupe em reproduzir perfeitamente a coreografia”, diz Giuliano Cangiani, treinador master da Zumba Brasil, de Belo Horizonte. O segredo para emagrecer é outro: ter motivação. Se você gosta do estilo da música, por exemplo, acelera mais a frequência cardíaca e queima mais calorias. Reserve de duas a três sessões de pelo menos meia hora ao longo da semana.

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“Enquanto escrevia esta reportagem, senti na pele os benefícios que a atividade traz para o corpo e a mente. A convite da Nike, viajei à Coreia do Sul e conheci o grupo 1 Million Dance, que cria coreografias com muito gingado ao som de k-pop, ritmo coreano que mistura música eletrônica, hip hop, rock e pop ocidental. Foram 40 minutos de ensaio para aprender uma coreografia de apenas 30 segundos. Parece pouco, mas saí pingando da sala e com as coxas queimando. Mais: a autoestima foi lá em cima!” Daniela Bernardi, editora de fitness

Veja também: 7 táticas para perder a vergonha e se jogar na dança

3. Dá domínio do corpo

Mais do que definir suas curvas, dançar também aperfeiçoa a coordenação motora, a agilidade e a consciência corporal – o que é ótimo até para quem pratica outros esportes. “A postura se torna mais alinhada, o alongamento melhora e o controle sobre seus movimentos fica mais afiado”, diz a bailarina Helô Gouvêa, sócia do Estúdio Anacã, em São Paulo. A saúde ganha um boost, já que a atividade previne hipertensão, colesterol alto e diabetes. “Dores crônicas também são amenizadas porque os neurotransmissores liberados com a dança diminuem a concentração de algumas substâncias tóxicas, como os peptídeos C, que deixam o incômodo mais perceptível”, afirma Isabel. Ponto extra para a autoconfiança. “A aula pode ser um bafo se você entrar nela de peito aberto: rebole, faça carão, desça até o chão… Não existe certo ou errado, você só precisa se sentir! Tudo isso empodera a mulherada e, como consequência, ainda ajuda a gastar mais energia”, garante Justin. Até mesmo o fato de dançar à frente do espelho reforça nosso trabalho mental de autoaceitação. “Indiretamente, a cabeça vai reunindo recursos para que você se sinta melhor com seu corpo, principalmente depois de perceber que ele é capaz de fazer os movimentos que o professor ensina”, diz a neuropsicóloga Camilla Monti Oliveira, de Ribeirão Preto (SP).

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4. Afasta o stress

De maneira geral, todos os exercícios liberam neurotransmissores do prazer (serotonina, dopamina, ocitocina). É essa onda de felicidade que inunda o cérebro e garante a sensação de bem-estar durante hoooras. “A diferença é que a dança exige uma mente 100% concentrada na atividade que está executando, caso contrário você não consegue seguir a coreografia. Desligar-se de pensamentos e preocupações faz com que os sintomas de ansiedade e depressão diminuam”, destaca a psicóloga Maria Cristina Lopes, do Rio de Janeiro. Também quem dança os males espanta!

 

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