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Como saber se você está em um relacionamento abusivo

Psicóloga explica no que prestar atenção se você desconfia que está em um

Por Amanda Panteri
Atualizado em 21 out 2024, 16h33 - Publicado em 4 mar 2020, 17h26
Mulher sofrendo de depressão
 (Marjan_Apostolovic/Thinkstock/Getty Images)
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Muita gente confunde, mas estar em um relacionamento abusivo não é sinônimo de apanhar. Apesar de as mulheres serem mais vulneráveis a isso, pode acontecer com homens, entre duas amizades e até familiares, sabia? 

Isso mesmo. Esse tipo de relação se manifesta, muitas vezes, por meio da intimidação e pode evoluir para quadros mais graves. “É comum a pessoa sentir-se mal o tempo todo. Costuma afetar o campo psicológico e acontece em qualquer tipo de vínculo: amoroso, familiar, em amizades e até no ambiente profissional”, explica a psicóloga Elaine Di Sarno, especialista em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (FMUSP). 

Então, se você desconfia que está sofrendo com isso (ou que alguém próximo a você esteja), fique atento a estes 6 sinais, indicados pela especialista: 

1 – Você sente que não consegue sair desse relacionamento

Você já tentou se afastar, terminar e até se distanciar da pessoa, mas, por um motivo ou outro, sempre volta. Não importa o que aconteça, você se sente preso, como se estivesse sem forças e estrutura emocional. “Na relação tóxica, há uma tentativa de poder sobre o outro, é uma relação desproporcional. A pessoa fica refém do relacionamento, aprisionada. E com a autopercepção, autoestima e capacidade de pensamento crítico abalados”, diz a psicóloga.  

2 – Você sente que não é bom o suficiente (e que tem muita sorte de estar com a outra pessoa)

“A pessoa acha que não é boa o suficiente para conseguir reconstruir a sua vida. Quando alguém está envolvido em um relacionamento tóxico, fica dependente emocionalmente do agressor”, afirma Elaine. E aí, fica fácil acreditar que é melhor estar no relacionamento do que sozinho, ou achar sempre que não é o momento certo para terminar

3 – O ciúme e controle são excessivos

As cobranças são constantes, e a falta de liberdade também. Muitas vezes, o controle e o ciúme vêm disfarçados de preocupação. “Eu faço essas coisas porque te amo demais” é uma desculpa frequente.  E aí, você acaba se afastando de amigos e parentes porque “eles não querem o seu bem”. 

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Segundo a psicóloga, esse comportamento pode causar desde o isolamento social até medo, crises de ansiedade e depressão. E ainda alerta. “A pessoa que espia nem sempre corresponde ao perfil típico de um ciumento patológico, que é aquele que busca sinais e persegue ou controla o outro obsessivamente, confundindo amor com posse”.

Vigiar o outro não é saudável para nenhum dos dois. Afinal, controle não é prova de amor, e sim, insegurança

4 – As demonstrações de força são frequentes 

Vocês brigaram, e, por estar muito nervosa, a pessoa gritou, socou a parede, quebrou algo ou jogou um objeto no chão? Isso não é legal. Reações exageradas e explosivas são tentativas de mostrar poder, E podem, infelizmente, evoluir para agressões. 

5 – Seus sentimentos são invalidados

Quando você está triste com alguma atitude do outro e vai conversar ou tirar satisfações, é sempre taxado de “louco”, “sensível demais” ou até “delirante”. Não é incomum que você acabe levando a culpa por algo que nem começou. 

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 6 – Chantagem 

A manipulação acontece de várias formas. Se você se recusa a fazer algo, a outra pessoa usa discursos como “eu vou ficar muito zangado”, “vou me matar”. O medo da ameaça virar realidade é tanto que você sempre acaba cedendo. 

Mas então o que fazer? 

“Procure ajuda psicológica para melhorar a autoestima, diminuir a vulnerabilidade, reconhecer capacidades e potenciais e ter segurança para terminar o relacionamento disfuncional. No caso de mulheres ameaçadas, as delegacias especializadas na Lei Maria da Penha oferecem suporte e proteção física.”

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