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Após depressão, mãe perdeu 24kg com treino e reeducação alimentar

Lorena Grassi sofreu depressão pós-parto e perdeu a vontade de cuidar de sua neném – e também de treinar

Por Daniela Bernardi
Atualizado em 21 out 2024, 17h36 - Publicado em 14 mar 2018, 13h10
Lorena Grassi
 (Eduardo Svezia/BOA FORMA)
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Enquanto minha mãe proibia doces, meu pai comprava refrigerante e biscoitos escondido. Eu os guardava embaixo da cama e devorava quando ninguém estava vendo. Sempre foi assim: minha ansiedade era apaziguada com açúcar. Levei essa compulsão comigo até ficar adulta – vantagem do 1,82 metro que disfarçava os 35% de gordura.

Depois que minha filha nasceu, em 2015, eu usava ainda mais a comida para compensar as frustrações. Tive depressão pós-parto e sentia um profundo desapego à maternidade. Quem está longe não entende, mas ficar ‘presa’ em casa me deixava extremamente desmotivada.

Até então, eu costumava ser uma pessoa ativa: nadava e fazia musculação. Só que, nos primeiros 15 meses da Fernanda, preferia dormir a praticar esporte ou brincar com ela. A disposição era nula e a balança logo apontou 18 quilos a mais, resultado também do desleixo durante a Copa do Mundo, que me incentivava a trocar frequentemente salada por frituras de bar.

Após o Réveillon de 2016, vi que estava batendo quase nos 90 quilos. Precisava melhorar minha qualidade de vida com urgência! Me obriguei a voltar à academia e, com a ajuda dos meus pais, organizei a agenda – o tempo era cronometrado porque em uma hora e meia precisava voltar para casa, já que sou mãe solteira (meu relacionamento de dois anos terminou durante a gestação). Mas deu certo!

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Perdi 8 quilos e ganhei mais energia, principalmente para cuidar da Fernanda. Porém, as companhias influenciam nossas escolhas… Minhas amigas adoravam jantar em restaurante japonês (leia-se: arroz, cream cheese, sorvete, vinho…) e me criticavam caso eu escolhesse um prato saudável ou um suco. No fim do ano, estava de novo bem acima do peso. Foi aí que percebi que tinha de aprender a dizer ‘não’ para o que me fazia mal. Eu já nem servia nas minhas roupas favoritas!

Procurei uma nutróloga, que recomendou o uso do hormônio beta HCG. Não! Disse que queria emagrecer naturalmente, pois só assim a mudança seria sustentável e diferente das outras vezes, em que desistia da dieta quando as roupas voltavam a cair bem. Não foi fácil, porque moro em Vitória e, no começo de 2017, a polícia do Espírito Santo entrou em greve, o que manteve academias e supermercados fechados por um bom tempo. Poderia me esconder atrás dessa desculpa, mas decidi parar de me sabotar.

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Comecei a colocar no prato só comida de verdade. Retirei o açúcar e o trigo do cardápio e deixei de abrir exceções. Para reeducar o paladar, a gente deve acabar com os vícios. Apostei em frutas de baixo índice glicêmico, como kiwi, morango e goiaba. Logo no primeiro mês, eliminei mais 10 quilos!

A cabeça é a chave de tudo, e as novas escolhas se tornaram meu estilo de vida. Tomei gosto em cozinhar e no domingo passei a preparar as refeições da semana: pão low carb, quiche de grão-de-bico, mousse de chocolate com abóbora, bolo sem farinha… (troco o doce industrializado por eles!).

Após depressão, mãe perdeu 24kg com treino e reeducação alimentar
Altura: 1,82 m Peso: 68 kg Conquista: reduziu a gordura corporal de 35 para 14% (Eduardo Svezia / Arquivo Pessoal/BOA FORMA)

As receitas da BOA FORMA também me ajudam muito a comer com sabor. Em quatro meses, lá se foram mais 24 quilos. Claro que houve recaídas durante esse período. Ataquei um hambúrguer para comemorar que cheguei a 14% de gordura corporal – irônico, né? – e acordei no outro dia com vontade de repetir. Daí me lembrei de como sou mais feliz me alimentando bem.

A hora da refeição deve ser prazerosa – não adianta usá-la como um refúgio para compensar os problemas da vida. Sabe onde relaxo a mente? Na natação! A piscina faz com que eu me sinta em outra dimensão. Em vez de assistir a um seriado ou atualizar o feed do Instagram, durmo mais cedo para acordar disposta para malhar seis vezes por semana (amo musculação!). Minha filha sabe como esporte é importante na minha vida: ela até reconhece quando estou indo treinar por causa da roupa. Não posso vacilar porque tenho que ser exemplo para ela.”

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Receita de quiche de cogumelo

INGREDIENTES

Massa

  • 1 1⁄2 xíc. (chá) de grão-de-bico cozido
  • Sal a gosto
  • Azeite de oliva a gosto
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Recheio


  • 4 xíc. (chá) de cogumelos-de-paris cortados em fatias finas e refogados
  • 1 xíc. (chá) de queijo parmesão ralado
  • 1 talo de alho-poró picado
  • 1/2 xíc. (chá) de salsinha e cebolinha
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  • 6 ovos

Modo de fazer

Triture o grão-de-bico cozido com sal e azeite até formar uma massa. Com ela, forre uma fôrma pequena e asse por 15 minutos. Junte os do recheio, coloque na quiche e asse por mais 40 minutos ou até dourar.

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