Como aliviar a tensão do corpo: quem dança os males espanta
Certamente você já ouviu a frase acima. Mas sabia que ela tem comprovação científica? Morena Cardoso, fundadora da DanzaMedicina, projeto que percorre 11 países em forma de retiros, conferências e workshops, estuda a dança há anos e explica que mesmo a um nível ainda superficial, a dança estimula os centros de recompensa do cérebro gerando sensações de prazer e bem-estar. “A neurociência têm feito estudos crescentes a respeito da dança e seus benefícios: sabe-se que ela ativa circuitos sensoriais e motores; traz melhorias na memória; fortalece conexões neurais; reduziu o risco de demência e distúrbios neurológicos progressivos e degenerativos; melhora o humor; apoia certas habilidades cognitivas como percepção visual e tomada de decisão; ajuda a reduzir o estresse; aumenta os níveis do hormônio serotonina do bem-estar; ajuda a desenvolver novas conexões neurais especialmente em regiões envolvidas na função executiva, memória de longo prazo e reconhecimento espacial”. Tudo isso enquanto solta a musculatura.
Para ter todos esses benefícios aí mesmo, na sala da sua casa, segui as dicas da Morena:
- Dê ao seu corpo o que ele te pede! Para isso, você precisa aprender a escutá-lo, dialogar com ele;
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- Experimente dançar de diferentes formas, com diferentes intenções e diferentes tipos de música;
- Vá percebendo quais conteúdos internos emergem, que tipo de emoções, sensações e sentimentos vêm à tona, quais espaços você adentra em você mesma. Com o tempo, esse caminho de conexão e investigação se tornará cada vez mais familiar e profundo, mudando potencialmente a forma como você se relaciona consigo mesma;
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Pode ser que você precise fazer movimentos rápidos e fortes, para liberação da raiva, ou para ativar sua força e poder de ação, através de uma música mais agitada. Pode ser que você precise de movimentos fluidos e leves para entrar em contato com suas emoções e sensibilidades em acolhimento e carinho consigo mesmo, pode ser que você precise chorar e soltar o que está preso no corpo, na mente e no coração, através de músicas mais harmônicas. Pode ser que você precise rir um pouco de você mesmo, fazer palhaçadas relembrando a forma como você se movia em soltura como quando criança, em leveza e brincadeira, através de músicas divertidas, agitadas e bem ritmadas. Pode ser que você precise gritar, com o corpo e a voz, tirando os nódulos da musculatura e os nós da garganta, através de músicas mais intensas. Pode ser que você precise se tocar, rebolar, ativar sua energia sexual através da dança para despertar uma chama esquecida e apagada nas atribuições e preocupações do dia-a-dia, através de músicas mais sensuais, que incitam intimidade.
Cada momento é único e só você pode saber qual música te leva a entrar em contato e ativar aquilo que você necessita. Fique com o que se apresenta assim como é, e lembre-se, dê ao seu corpo o que ele precisa!