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Vitamina D: para que serve e onde encontrar

Saiba também o que a deficiência da vitamina D pode desencadear no organismo

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 17h42 - Publicado em 15 jan 2024, 13h55
vitamina D
Peixes gordurosos, gema de ovo e laticínios são boas fontes de vitamina D | (freepik/Freepik)
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Conhecida por aí como “vitamina do sol”, a vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel que desempenha um papel fundamental na saúde do nosso organismo, ajudando, por exemplo, no fortalecimento dos ossos e na defesa contra diversas doenças.

“A vitamina D é um hormônio produzido pelo organismo presente em alguns alimentos e suplementos que é essencial para várias funções no corpo. Sua absorção é feita através do sol, pelos raios ultravioletas, mas essa absorção depende muito da condição clínica do paciente, levando em consideração fatores como idade e doenças crônicas”, explica a Dra. Marina Manfrim, médica de família e comunidade.

A seguir, entenda para que serve a vitamina D, onde encontrá-la e outros detalhes importantes sobre o hormônio. Confira!

PARA QUE SERVE A VITAMINA D?

Conheça alguns dos benefícios da vitamina D:

  • Saúde óssea: Por ser crucial para a absorção eficiente de cálcio e fósforo no intestino delgado, minerais fundamentais para a formação e manutenção da saúde óssea, a vitamina D favorece a mineralização adequada dos ossos, prevenindo fraturas e fragilidades.
  • Massa muscular: Níveis saudáveis de vitamina D podem contribuir para uma melhor força muscular e equilíbrio. Isso é especialmente importante em idosos, onde a falta do hormônio pode colaborar para o aumento do risco de quedas.
  • Sistema imunológico: A vitamina D contribui para respostas imunológicas adequadas, melhorando a resistência à infecções.
  • Sistema cardiovascular: O hormônio pode beneficiar o sistema cardiovascular de diferentes maneiras, incluindo a regulação da pressão arterial e a redução das chances de doenças.
  • Saúde mental: A falta de vitamina D foi associada a um maior risco de depressão e outras condições psiquiátricas.
  • Metabolismo energético: “Ela regula a expressão de genes envolvidos na metabolização de nutrientes, convertendo eficientemente os alimentos em energia, mantendo a vitalidade”, conta Carol Caldas, nutricionista.
  • Sistema reprodutivo: Por regular a função hormonal, a vitamina D pode impactar na fertilidade.
  • Controle de peso: Influencia a regulação do apetite e do tecido adiposo, evitando o acúmulo excessivo de gordura.
  • Regulação da glicose: Estudos sugerem que a vitamina D pode ser uma grande aliada para o controle da insulina e para a redução do risco de diabetes.

“Embora a vitamina D seja crucial para a saúde, níveis excessivos também podem ser prejudiciais. É recomendável manter o equilíbrio adequado e, se houver dúvidas, consultar o médico de confiança para determinar os níveis ideais, a eventual necessidade de suplementação e as quantidades corretas”, orienta a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga, mestre em ciências da saúde pela Escola de Medicina da PUCPR, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia e docente do curso nacional de nutrologia da ABRAN

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QUAIS OS SINTOMAS DA FALTA DE VITAMINA D?

A deficiência de vitamina D pode provocar uma série de sintomas, entre eles:

  • Fraqueza muscular;
  • Dores ósseas e articulares;
  • Fadiga;
  • Atrasos no crescimento em crianças;
  • Susceptibilidade a infecções;
  • Dificuldade de cicatrização;
  • Queda de cabelo;
  • Alterações de humor;
  • Dificuldade de concentração.

“Os sintomas podem variar em intensidade e podem ser causados por uma variedade de outras condições. Se houver suspeita de deficiência de vitamina D, é aconselhável procurar orientação médica. O diagnóstico de deficiência de vitamina D geralmente envolve a realização de exames de sangue para medir os níveis sanguíneos dessa vitamina”, alerta a médica nutróloga.

A frequência ideal para fazer exames e verificar os níveis de vitamina D pode mudar de acordo com aspectos como saúde geral, exposição solar, dieta e presença de outras patologias. “Em geral, as diretrizes sugerem que a necessidade de testes de vitamina D seja determinada caso a caso, e a decisão, muitas vezes, é tomada em consulta médica”, destaca Garcez.

ONDE ENCONTRAR A VITAMINA D?

A principal fonte de vitamina D para o nosso corpo é a exposição à luz solar.

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“Quando a pele é exposta à luz ultravioleta, ela sintetiza a vitamina D, que passa por processos metabólicos de ativação no fígado e rins. Justamente por causa dessa via de síntese endógena, a vitamina D também pode ser considerada um hormônio“, fala a Dra. Marcella.

A quantidade adequada de sol pode mudar com base em fatores como a localização geográfica, estação do ano, tom de pele e a hora do dia.

“Em geral, exposições curtas de 10 a 30 minutos, pelo menos duas vezes por semana, podem ser suficientes para a síntese de vitamina D. Para pessoas com pele mais escura, o tempo geralmente é maior, uma vez que a melanina diminui a produção de vitamina D. O período mais efetivo é o meio do dia, quando os raios UVB são mais fortes e diretos, mas é importante evitar a exposição prolongada durante horários de pico para prevenir queimaduras e danos à pele“, revela a médica nutróloga.

Além disso, a vitamina D pode ser obtida por meio da alimentação, assim como todas as outras vitaminas. “Peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha), óleo de peixe, gema de ovo, fígado, laticínios gordurosos e alimentos fortificados são verdadeiros tesouros de vitamina D”, destaca Carol.

Segundo a nutricionista, a dose diária de vitamina D recomendada varia de 600 a 800 UI para adultos. “Mas lembre-se: é sempre bom ter um papo com um profissional de saúde para descobrir a quantidade certa para você“, enfatiza Caldas.

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Dependendo do estilo de vida, hábitos alimentares e níveis séricos de vitamina D no sangue, suplementos podem ser indicados.

“A suplementação de vitamina D deve ser feita sob a supervisão de um médico, a dosagem e forma de suplemento muda de acordo com as necessidades de cada um. Pode ir de algumas centenas até milhares de unidades internacionais (UI) por dia, em casos de deficiência grave”, informa Garcez.

DIFERENÇA ENTRE VITAMINA D2 E D3

De acordo com a Dra. Marcella, a principal diferença entre a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol) está na origem e nas fontes.

“A vitamina D2 é obtida principalmente de fontes vegetais, como fungos e plantas. Sintetizada por meio da irradiação ultravioleta de um ergosterol, que é um esterol presente em fungos. Frequentemente encontrada em suplementos vegetarianos, embora seja uma forma de vitamina D, é menos eficaz em elevar os níveis no sangue em comparação com a vitamina D3″, afirma ela.

Já a vitamina D3 é encontrada especialmente em fontes animais, como peixes de água fria e óleo de fígado de peixe.

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“Além disso, é sintetizada a partir do 7-dehidrocolesterol na pele em resposta à exposição à luz ultravioleta B. Considerada mais eficaz em aumentar os níveis de vitamina D no sangue em comparação com a D2, é a forma mais utilizada em suplementos de vitamina D devido à sua eficácia e semelhança com a produzida pelo corpo humano“, completa a médica nutróloga.

Tanto a vitamina D2 quanto a D3 são convertidas no fígado e nos rins para a forma ativa (calcitriol), que é a responsável por trazer os benefícios ao organismo.

“Muitas vezes, é preferível optar pela vitamina D3 por causa da sua eficácia em elevar os níveis sanguíneos de vitamina D. No entanto, a escolha entre D2 e D3 pode depender de fatores individuais, como preferências alimentares e disponibilidade“, pontua a profissional.

 

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