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Virose intestinal: causas, sintomas, tratamento e como evitar

A Boa Forma conversou com especialistas para tirar as principais dúvidas sobre a virose intestinal. Confira!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 17h42 - Publicado em 23 jan 2024, 17h00
virose intestinal
Vômito, diarreia e dor de barriga são sintomas comuns da virose gastrointestinal | (8photo/Freepik)
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A virose é uma infecção causada por um vírus que pode acometer diversos sistemas do nosso corpo, como o respiratório, o neurológico e o digestivo. De acordo com a Dra. Dania Abdel Rahman, infectologista do Hospital Albert Sabin, a virose intestinal é um dos tipos mais comuns e pode ser provocada pelos chamados rotavírus, norovírus, adenovírus ou astrovírus.

“A virose pode ser adquirida através do contato com outras pessoas doentes, por gotículas de saliva, nariz e até mesmo fezes. Alimentos e água contaminados também podem transmitir o problema”, explica o Dr. André Augusto Pinto, cirurgião geral e cirurgião bariátrico da Clínica Gastro ABC.

Em épocas de altas temperaturas, o aumento da incidência dessa doença é comum devido à uma série de fatores.

“No calor, as pessoas vão mais às praias, ficam mais aglomeradas, consomem alimentos com conservação e higiene menos rigorosa em quiosques, têm contato com água do mar, onde pode haver resíduos de vezes humanas, frequentam áreas de litoral, que não apresentam saneamento adequado, com esgoto desembocando diretamente no mar, e tudo isso favorece uma maior disseminação do vírus”, lista o Dr. Alexandre Sakano, cirurgião do aparelho digestivo da Beneficência Portuguesa de São Paulo.

A seguir, saiba mais sobre os sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção da virose intestinal!

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SINTOMAS DE VIROSE

O Dr. Alexandre Piva, infectologista e professor do curso de medicina da Universidade Cidade de São Paulo, destaca que os sintomas da virose incluem:

  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Cólica abdominal;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Fadiga;
  • Dor de cabeça.

“A perda de líquidos e eletrólitos (sódio, potássio, magnésio) em adultos saudáveis costuma ser pequena. Já em crianças, lactentes, idosos, pessoas imunocomprometidas ou com doença grave concomitante, pode ser séria, levando à desidratação“, alerta Piva. Os sintomas tendem a diminuir em intensidade após aproximadamente 72 horas do início da manifestação. 

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é clínico, ou seja, pela avaliação dos sintomas. “Nas viroses prolongadas e complicadas, pode haver a necessidade de exames complementares, tanto laboratoriais quanto de imagem”, fala o Dr. Alexandre.

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TRATAMENTO

Na maioria das vezes, a virose é autolimitada, com cura espontânea em alguns dias. Não há um tratamento específico para a doença, apenas para o alívio dos sintomas.

“É recomendado que o paciente se hidrate bastante, tenha uma dieta leve, evitando alimentos ricos em gorduras, leite e derivados e ultraprocessados, repouse, utilize medicamentos para dor e para controlar a diarreia e as náuseas e aposte em probióticos para recompor a flora intestinal“, orienta o cirurgião geral.

QUANTO TEMPO DURA UMA VIROSE?

A duração da virose intestinal varia de acordo com o tipo de vírus causador do problema. No entanto, em muitos casos, o professor afirma que o quadro não ultrapassa 4 a 5 dias.

“Se o paciente está desidratado, não está conseguindo beber água, vomita, tem diarreia líquida abundante, mantém febre por muitos dias, tem piora dos sintomas e não consegue comer, aí devemos nos preocupar ainda mais com a condição”, enfatiza a Dra. Dania.  

COMO EVITAR A VIROSE NO VERÃO?

A prevenção da virose intestinal se dá, principalmente, por meio de medidas de higiene pessoal e cuidados com os alimentos.

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“Devemos consumir alimentos muito bem lavados, muito bem cozidos, e uma água limpa, de boa procedência, que a gente saiba que foi tratada. Também é essencial prestar atenção em locais com água parada, fazendo a limpeza de vasos e de caixas d’água, por exemplo”, indica a médica.

Lavar bem as mãos, evitar áreas de aglomeração, não frequentar praias com condições impróprias para banho e não ingerir comidas ou bebidas guardadas de forma incorreta, como em caixas de isopor ou plástico, são outras ações necessárias para reduzir as chances de contaminação.

“Só consuma alimentos frescos e que você conheça a procedência, pois a manipulação e o armazenamento inadequados estão entre os maiores responsáveis pelas viroses no verão”, conclui o Dr. André.

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