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Vagina e vulva: entenda as diferenças

Esses dois órgãos do aparelho genital feminino têm funções diferentes

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h48 - Publicado em 3 fev 2023, 13h00
Vulva e vagina
 (cottonbro studio/Pexels)
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Um levantamento realizado em 2020 chamado “Os Estigmas da Vagina”, desenvolvido pela Nielsen Brasil em parceria com a Troiano Branding, teve a intenção de entender como as brasileiras lidam com saúde, prazer sexual e com a região íntima.

A pesquisa contou com a participação de 398 mulheres de idades entre 16 a 45 anos das regiões Sul, Nordeste e Sudeste do Brasil. Os resultados apontaram que 50% das entrevistadas não conseguiram identificar em uma foto o que seria a vagina e a vulva, o que deixa visível a dificuldade que muitas mulheres enfrentam na hora de entender a anatomia dos próprios corpos.

O sistema reprodutor feminino é formado por órgãos externos e internos. Internamente, há os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina. Já a região externa da genitália, chamada de vulva, abrange o monte púbico, os grandes lábios, as aberturas da uretra e da vagina, os pequenos lábios e o clitóris.

MAS, AFINAL, QUAL A DIFERENÇA ENTRE A VULVA E A VAGINA?

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Não. Elas não são a mesma coisa. “A vulva corresponde a toda a parte externa do órgão sexual feminino. De forma geral, é formada pelos grandes lábios e pequenos lábios que protegem outras estruturas que fazem parte da genitália das mulheres, como o clitóris e as aberturas da uretra e da vagina”, explica a Dr. Priscila Pyrrho, ginecologista, obstetra e especialista em sexualidade.

“Quando a gente abre os grandes lábios, a gente observa em cima o clitóris e embaixo os pequenos lábios. Ao abrir os pequenos lábios, é possível encontrar a uretra e, imediatamente embaixo, em direção ao ânus, a abertura do canal vaginal”, acrescenta a médica.

Voltado totalmente para o prazer sexual feminino, o clitóris é um órgão com bastante inervação e irrigação sanguínea e que pode aumentar de tamanho ao ser estimulado. A uretra, que, nas mulheres, costuma ser mais curta do que nos homens, é responsável por conduzir a urina para o meio externo.

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Segundo a ginecologista, a vagina é o canal que se estende do colo do útero até a entrada dos pequenos lábios e é o órgão onde acontece a penetração durante o sexo. Suas funções são: receber o pênis no ato sexual, escoar o sangue menstrual e ser a saída para um bebê que nasça por parto normal.

COMO CUIDAR?

Nas prateleiras de mercados, farmácias e perfumarias, é possível encontrar uma variedade de sabonetes íntimos femininos, com as mais diferentes fragrâncias. No entanto, a ginecologista afirma que esses produtos são completamente dispensáveis para a higienização da vulva.

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“A vulva pode ser lavada com água corrente. Não precisa de nenhum sabonete íntimo. Apesar de vivemos uma cultura de ‘vulva cheirosa’, a vulva não é suja e não é um local contaminado. Ela tem a flora de proteção que deve ser preservada”, alerta a Dra. Priscila.

Provavelmente, você já ouviu falar em ducha vaginal, que consiste em lavar a parte de dentro da vagina com água ou outros produtos. Há mulheres que acreditam que esse ato realmente faz a diferença na hora de cuidar da região, porém a médica ressalta que, na verdade, ele prejudica a saúde íntima.

“O canal vaginal abriga uma microbiota e uma flora riquíssima e protetora, importante para o nosso equilíbrio de saúde, para prevenir infecções e para conduzir o sêmen. Quando fazemos ducha vaginal, há a alteração dessa microbiota, causando um desequilíbrio e aumentando os riscos de infecções“, detalha.

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Então, a conclusão é: para higienizar a vulva, use apenas água corrente. Já em relação à vagina, não é necessário ter nenhum tipo de cuidado específico, já que ela é limpa e está sempre em equilíbrio naturalmente, segundo a especialista. “Se houver algum desequilíbrio, é preciso procurar um ginecologista para fazer um tratamento”, finaliza.

 

 

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