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Vacina contra HPV: perguntas e respostas

Conheça as duas vacinas que previnem o HPV, responsável pelo câncer de colo de útero

Por Larissa Serpa
23 jul 2021, 09h00 • Atualizado em 21 out 2024, 16h35
Giulia Gazetta - Edição MdeMulher
Giulia Gazetta - Edição MdeMulher (/)
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  • Já existem duas vacinas que protegem o organismo contra o papilomavírus, o principal responsável pelo câncer de colo de útero. E, diferentemente do que se pregava, mulheres de todas as idades podem se beneficiar delas. Entenda como funcionam.

    Tudo o que você precisa saber sobre a vacina contra HPV

    Qual vacina tomar?
    Existem duas vacinas de dois grandes laboratórios no mercado. Uma delas, a bivalente, protege contra os vírus mais associados ao câncer de colo do útero – o 16 e o 18. A quadrivalente (também chamada de tetravalente) abrange uma maior variedade: além do HPV que causa o câncer, também previne contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais.

    Qual das duas é melhor?
    “Ambas são excelentes e cumprem o seu papel principal, que é prevenir o câncer de colo do útero”, afirma Neila Góis Speck, professora do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O médico é quem deve determinar qual delas escolher com base no histórico de saúde da paciente e de sua vida sexual. Não recomenda-se tomar as duas em hipótese alguma.

    A proteção dura a vida toda?
    “Pesquisas apontam que a imunidade contra os vírus presentes na vacina dura por pelo menos dez anos”, afirma Rosa Maria Neme, ginecologista de São Paulo. As voluntárias não voltaram a se contaminar após esse período. Isso leva a crer que não haverá a necessidade de tomar a vacina mais uma vez na vida.

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    Qual o melhor momento para se vacinar?
    O ideal é vacinar-se antes do início da vida sexual, a partir dos 9 anos de idade, quando ainda não houve nenhum risco de exposição ao vírus. Além disso, quanto mais jovem o organismo, mais anticorpos ele produz, aumentando a proteção. A recomendação do Ministério da Saúde é tomar até os 26 anos. Porém os especialistas afirmam que mulheres de todas as idades também devem se vacinar.

    + O que é o HPV?

    E as mulheres que já tiveram HPV? Podem tomar a vacina?
    “Sim, uma vez que a doença em si não provoca a imunidade”, diz Neila. Ou seja, quem já teve um diagnóstico de HPV positivo não está livre de se contaminar pelo mesmo tipo viral, embora a probabilidade seja pequena. O medicamento ainda protege a mulher de se infectar por outra variedade – esse risco é maior quando há a troca de parceiro sexual.

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    Quem se imunizou pode contrair a doença?
    Pode. Isso porque as vacinas protegem contra alguns tipos virais (e não todos) e sua eficácia não é total – gira em torno de 80%. “A paciente vacinada pode se contaminar, mas o risco de desenvolver a doença é pequeno”, afirma Rosa. Mesmo em contato com o vírus, é possível que o corpo se livre dele sem manifestar nenhum sintoma ou reação.

    A vacina é a única forma de se prevenir?
    De jeito nenhum! O uso de camisinha nas relações sexuais, inclusive nas preliminares, é fundamental para diminuir a contaminação. O ideal é combinar a vacina com o uso de preservativos, além da realização anual do teste ginecológico papanicolau, para diagnóstico de lesões iniciais e tratamento precoce.

    Quanto custa?

    O medicamente só está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em alguns casos específicos.

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    Em 19 de março de 2021, o Ministério da Saúde ampliou o grupo para abranger mulheres imunossuprimidas até 45 anos, com isso a lista de quem pode receber a vacina gratuitamente pelo SUS inclui:

    • Meninas de 9 a 14 anos
    • Meninos de 11 a 14 anos
    • Mulheres imunossuprimidas de 9 a 45 anos
    • Homens imunossuprimidos de 9 a 26 anos

    Se você não está em algum desses grupo, infelizmente, é preciso recorrer a uma clínica particular. No caso da bivalente, cada um das três aplicações necessárias custa, em média, 300* reais. Já a quadrivalente sai por cerca de 400* reais, cada dose (também são três). E lembre-se de levar a receita médica caso não esteja na faixa etária entre 9 e 26 anos – você vai precisar dela.

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    *Preços pesquisados em julho/2021

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