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Tomar paracetamol em excesso: conheça os riscos

O remédio, que é bastante popular na casa dos brasileiros, pode causar complicações perigosas ao corpo humano se usado exageradamente

Por Juliany Rodrigues
31 ago 2023, 17h55 • Atualizado em 21 out 2024, 16h38
Tomar paracetamol em excesso
Entenda o porquê do uso desenfreado do paracetamol ser prejudicial ao organismo | (freepik/Freepik)
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  • No Brasil, o paracetamol ocupa a 19ª posição dos remédios mais vendidos. Esse medicamento, que é encontrado facilmente nas farmácias e pode ser adquirido sem prescrição médica, é um grande aliado no alívio de dores de cabeça, cólicas e febres, por exemplo. No entanto, apesar da sua eficácia e ampla disponibilidade, tomar paracetamol em excesso pode trazer sérios problemas à saúde. Conheça alguns deles:

    POR QUE FAZ MAL TOMAR PARACETAMOL EM EXCESSO?

    Estudos feitos nos últimos anos apontam que o fármaco é o principal responsável por falência hepática em até 5% dos casos da doença nos Estados Unidos. No Reino Unido, esse número chega a 60% dos diagnósticos. Já a respeito do Brasil, segundo dados do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp, as intoxicações pelo uso desenfreado do medicamento tiveram um aumento de 44% entre 2020 e 2021.

    Dra. Nathalie de Paula Damião, médica de Família e Comunidade e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), explica que o paracetamol possui algumas substâncias que, dependendo do organismo, podem não ser metabolizadas adequadamente pelo fígado, resultando em danos às células hepáticas.

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    Quando consumido de forma exagerada, esse remédio pode levar a um quadro de hepatotoxicidade aguda, que pode progredir para insuficiência hepática e falência do órgão”, detalha a especialista.

    Problemas renais, alergias e outras complicações também podem surgir como resultado do exagero no paracetamol. “Algumas pessoas podem desenvolver reações alérgicas, como feridas na pele, coceira, inchaço e dificuldades respiratórias, além de afetar a produção de glutationa, um antioxidante importante para a saúde celular e função hepática“.

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    SAIBA MAIS SOBRE O REMÉDIO

    Mesmo sendo um dos fármacos mais utilizados no mundo todo por décadas, vários cientistas já declararam que o mecanismo de ação do paracetamol ainda não foi completamente compreendido. Entretanto, a Dra. Nathalia esclarece que ele continua sendo amplamente utilizado como analgésico, por ter se mostrado realmente eficaz no combate à dores leves e moderados em muitas pessoas.

    Ela ainda destaca outros pontos positivos do paracetamol, entre eles:

    • Segurança: Quando utilizado nas doses recomendadas, é seguro e tem baixa incidência de efeitos colaterais em comparação com outros analgésicos.
    • Atuação no sistema nervoso: Afeta a percepção da dor e a regulação da temperatura corporal;
    • Baixa atividade anti-inflamatória: Pode ser útil em casos nos quais não é necessário lidar com inflamações;
    • Variedade de formas de administração: Em comprimidos, cápsulas, líquidos e supositórios;
    • Grande disponibilidade;
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    Além disso, ainda que ele não tenha o seu mecanismo de ação esclarecido, o paracetamol já teve seus resultados comprovados por meio de ensaios clínicos controlados, nos quais o medicamento é comparado a um grupo que recebe placebo ou outra intervenção ativa.

    “Nessas avaliações, o paracetamol mostrou ser mais eficaz que o placebo no alívio da dor. Porém, é importante lembrar que a eficácia do medicamento pode variar entre indivíduos e tipos de dor. Algumas pessoas podem responder melhor ao remédio do que outras”, lembra.

    Em determinadas situações de dor ou febre, a especialista aponta que existe uma série de outros fármacos mais interessantes do que o paracetamol. A opção adequada depende do tipo de dor, gravidade dos sintomas e condições médicas individuais do paciente.

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    “Alguns remédios frequentemente considerados como alternativas incluem anti-inflamatórios, opióides e outros analgésicos. Lembrando que a escolha do medicamento deve ser feita por um profissional de saúde”, finaliza Nathalie.

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