Terçol: o que é, causas, sintomas e tratamento
Médicos afirmam que o terçol não pode ser passado de uma pessoa para outra por meio do contato direto. Saiba mais!
Ao redor dos nossos olhos, existem glândulas responsáveis pela produção da parte “gordurosa” da lágrima que ajuda a prevenir o ressecamento e a manter a visão saudável. “Quando há algum desequilíbrio local, queda de imunidade, alterações como maquiagens, alergias, contaminações com as próprias mãos, por exemplo, essas glândulas podem inflamar e infeccionar, ocasionando o terçol“, explica o Dr. Tiago César Pereira Ferreira, oftalmologista especialista em cirurgia refrativa, catarata, lentes de contato e ceratocone.
Segundo a Dra. Gabriela Höehr, oftalmopediatra, o terçol pode ocorrer em todas as idades, apesar de ser mais comum em crianças. Saiba mais a seguir!
O que causa terçol?
Conforme dito pelo Dr. Tiago em entrevista à Boa Forma, o terçol, conhecido popularmente como bonitinho ou viuvinha, é causado por algum desequilíbrio que favorece inflamações e infecções por bactérias na região, por exemplo, quedas imunológicas, uso inadequado de maquiagens, contaminação e alergias.
“Muitas vezes, quando coçamos o olho, acabamos levando bactérias, ácaros e alergênicos para a borda dos cílios, o que pode acabar provocando uma inflamação nas glândulas ali presentes. Essas glândulas podem ficar obstruídas e, como consequência, vai acumulando a gordura delas, gerando inflamação e essa bolinha do terçol“, fala a Dra. Gabriela.
Sintomas do terçol
Entre os principais sintomas do terçol estão:
- Região palpebral avermelhada;
- Inchaço;
- Dor na região;
- Surgimento de um caroço na pálpebra;
- Sensibilidade à luz;
- Aumento da temperatura no local;
- Lacrimejamento dos olhos;
- Coceira.
Terçol é contagioso?
“O terçol não se transmite de uma pessoa para outra. Muitas vezes, ele envolve uma questão da autoinfecção. Então, a pessoa tem uma coceira ocular, tem alguma irritação, leva as mãos contaminadas ao olho com frequência e, dessa maneira, acaba se contaminando”, garante o oftalmologista.
Como prevenir?
Para prevenir o terçol, os especialistas recomendam sempre manter uma boa higiene das mãos, das pálpebras e dos cílios, nunca dormir de maquiagem, evitar coçar os olhos e cuidar bem da imunidade.
“Além disso, é fundamental realizar a consulta oftalmológica de rotina, porque existem vários aspectos que podem favorecer o terçol de repetição, como as alergias, que são quadros muito comuns”, alerta a médica.
Como tratar o terçol?
Geralmente, o tratamento do terçol envolve a limpeza correta da região afetada e compressas mornas. Dependendo do caso, especialmente quando não há uma melhora, um médico também pode receitar o uso de pomadas antibióticas e até mesmo de comprimidos orais.
“Eu gosto de que o paciente faça uma compressa com água morna, com muito cuidado, porque a pálpebra é um tecido muito sensível, então, se colocar algo muito quente, pode ocorrer uma queimadura“, orienta a Dra. Gabriela.
“O calor vai ajudar na desobstrução, juntamente com a higienização do local. Para a limpeza, eu sugiro usar um shampoo neutro para lavar bem os cílios e a pálpebra”, acrescenta a oftalmopediatra.