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Ser anti-social (ou não) tem relação com sua genética, aponta estudo

Em meio a tantas pesquisas sobre as características das relações humanas, uma descobriu a influência da genética em ser anti-social. Veja!

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 16h36 - Publicado em 12 out 2023, 10h00
Entenda como a pesquisa relacionou a genética com a característica de ser anti-social
Entenda como a pesquisa relacionou a genética com a característica de ser anti-social (Garetsvisual/Freepik)
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“Fugir” de um conhecido no mercado ou atravessar a rua para não precisar cumprimentar alguém são apenas alguns exemplos do que pode ser considerado ser alguém anti-social.

Fato é que não é sempre que a simpatia e cordialidade se fazem presentes em nossas vidas. Contudo, um estudo apontou que a genética pode ter uma grande influência no quão social (ou anti-social) somos.

Acredite: pesquisadores da National University of Singapore descobriram que dois genes (CD38 e CD157) que são considerados seus hormônios sociais, podem ser responsáveis por ditar se alguém é extrovertido ou mais reservado.

O que a genética tem a ver com ser anti-social?

De acordo com o estudo, pessoas com níveis mais elevados de CD38 tendem a ser mais sociáveis do que outras devido à quantidade de oxitocina que leva à “liberdade” de ser mais extrovertido.

Contudo, mesmo que você seja geneticamente inclinado a ser mais sociável, viver cheio de pessoas e compromissos à sua volta também não é necessariamente uma vitória.

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Isso porque, na verdade, o pesquisador e antropólogo britânico Robin Dunbar, que estuda o impacto da interação e dos relacionamentos humanos, relatou que o tamanho do cérebro humano impõe um limite ao seu círculo social.

Dunbar, que publicou essas descobertas em 1993 na revista Behavioral and Brain Sciences, mas passou a falar sobre o “Número Dunbar” desde então, explica que o cérebro maximiza seu círculo social em 150 pessoas – isso é basicamente tudo o que ele pode suportar.

Vale ressaltar que, se isso parece muito, comece a considerar todas as pessoas com quem você socializa casualmente, desde o trabalho até a aula de ioga nas manhãs de sábado, e você descobrirá que provavelmente ultrapassará esse número muito rapidamente. E, claro, isso não significa que seja ruim iniciar uma amizade casual com seus colegas de trabalho ou com o garçom que você vê todas as manhãs, mas se você tem quase 150 amigos, a pesquisa sugere que você estará “espalhando” essas amizades, o que deixa menos espaço para conexões reais e mais fortalecidas.

Relações em tempos de redes sociais

Fato é que a mídia social tornou possível ter mais de 150 “amigos”, mas não é nenhum segredo que a sua lista de contatos no Instagram e no Facebook não significa automaticamente felicidade social.

Na verdade, dois estudos publicados na revista Computers in Human Behavior descobriram exatamente o oposto. O primeiro descobriu que as pessoas que usam o Facebook com frequência são, na verdade, mais solitárias na vida real. Já o outro descobriu que ter uma grande rede nas mídias sociais – e, portanto, ser suscetível a cada novo cachorrinho, férias ou fotos de noivados – pode prejudicar seriamente o seu humor.

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Mas não é nenhuma novidade que as amizades e interações nas redes sociais refletem as relações da vida real.

Inclusive, quando se fala sobre a capacidade de alguém em criar e manter relacionamentos e amizades mais próximos, o trabalho de Dunbar diz que esse número chega a apenas cinco pessoas em qualquer momento da sua vida. Segundo suas conclusões, essas pessoas até podem mudar, mas sim, seu cérebro só consegue lidar com cinco relacionamentos significativos ao mesmo tempo.

 

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