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Dor muscular ou articular? Aprenda a diferença e quando parar o treino

Diferenciar desconforto muscular de dor articular é essencial para evoluir sem se machucar

Por Helena Saigh
21 nov 2025, 18h00 • Atualizado em 1 dez 2025, 16h00
Homem com dores musculares na coxa
Dor muscular faz parte da adaptação, já a dor articular exige atenção. (jcomp/Freepik)
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  • A dor após o treino é uma experiência comum, mas nem sempre significa a mesma coisa. Enquanto o desconforto muscular tardio faz parte do processo natural de adaptação do corpo, a dor articular é um dos principais sinais de alerta de que algo está errado.

    Um estudo publicado no Journal of Strength and Conditioning Research indica que a dor muscular tardia (DOMS) costuma surgir entre 12 e 24 horas depois do exercício e está associada às microlesões que levam ao fortalecimento. Já a dor nas articulações não segue o mesmo padrão e costuma aparecer imediatamente durante o movimento, estando ligada a sobrecarga, desgaste ou execução inadequada.

    É justamente essa diferença temporal e sensorial que permite identificar quando seguir treinando e quando parar. De acordo com o ortopedista David Gusmão, o incômodo muscular após aumento de carga ou estímulo novo é esperado porque os músculos “são submetidos a microlesões, essenciais para o processo de fortalecimento muscular”. Ele explica ainda que esse tipo de dor geralmente diminui sozinho em poucos dias.

    Quando a dor é muscular?

    A dor muscular tardia aparece horas depois do treino, atinge o pico entre 24 e 72 horas e melhora gradualmente. Ela está associada à adaptação, especialmente quando o treino envolve movimentos excêntricos ou volume acima do habitual. Pesquisas da Universidade de Queensland mostram que esse processo é temporário e não representa lesão estrutural grave.

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    Segundo Gusmão, esse tipo de desconforto não costuma exigir interrupção total do treino, desde que não limite movimentos básicos: “Na maioria dos casos, a dor muscular é um sinal de que o corpo está se adaptando ao novo estímulo”.

    Estratégias como alongamentos leves, descanso ativo, massagem e calor localizado ajudam na recuperação. “Para aliviar o desconforto e acelerar a recuperação, você pode utilizar alongamentos suaves, massagens e aplicação de calor localizado”, orienta o especialista.

    Quando a dor é articular?

    Diferente da dor muscular, a dor articular não é esperada após o treino. Ela costuma surgir durante a execução do movimento ou imediatamente após, afetando diretamente articulações como joelhos, tornozelos, ombros e quadril.

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    Gusmão alerta que, quando o incômodo é nos ossos ou articulações, especialmente na hora do exercício, “é importante prestar atenção”, pois pode indicar sobrecarga articular ou degeneração em andamento. Os sinais de alerta incluem:

    • Dor aguda e localizada;
    • Incapacidade de realizar o movimento;
    • Sensação de travamento ou instabilidade;
    • Inchaço, vermelhidão ou calor;
    • Piora progressiva ao longo dos dias.

    Se a dor persistir por mais de uma semana ou interferir nas atividades do dia a dia, a recomendação é buscar avaliação médica. “Se a dor persistir por mais de uma semana ou interferir nas atividades diárias, é hora de procurar ajuda profissional”, reforça o ortopedista.

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    Quando parar e quando continuar?

    A regra geral é simples: você pode continuar treinando quando a dor é muscular, leve a moderada, e aparece horas após o treino.Você deve parar quando a dor é articular, aparece durante o movimento ou impede a execução correta do exercício.

    Respeitar essa diferença evita lesões e garante progresso constante. “Compreender as origens das dores pós-treino é fundamental para uma prática segura e eficaz de atividade física”, reforça o especialista.

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