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A dose certa dos analgésicos para cada tipo de dor

Não há mal nenhum em controlar a dor o quanto antes com o analgésico certo. Mas, se as crises se repetirem, cuidado: o uso indiscriminado pode transformar aliados em vilões.

Por Cristina Nabuco (colaboradora)
Atualizado em 21 out 2024, 19h17 - Publicado em 29 jul 2014, 22h00
Cristina Nabuco - Edição: MdeMulher
Cristina Nabuco - Edição: MdeMulher (/)
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Você não pode tomar analgésicos descontroladamente, por isso saiba tudo sobre eles
Foto: Carlos Bessa

A anestesiologista Fabiola Minson, diretora da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED), orienta como ter só o lado bom dos analgésicos:
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O analgésico contra dor de cabeça funciona para dor nas costas?
Não. Há três classes de analgésicos: os comuns (dipirona, paracetamol), os anti-inflamatórios (aspirina, ibuprofeno, diclofenaco) e os opioides (tramadol, fentanil). A primeira é indicada para dores em geral, leves e moderadas, como dor de cabeça eventual. Os anti-inflamatórios combatem dores nas costas decorrentes de inflamação. Porém, se a dor for resultado de uma contração muscular, o médico pode combiná-lo com um relaxante muscular. Já a terceira classe serve para dores fortes e persistentes, mas por causar dependência, tem a venda controlada.
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De que modo eles agem?
Os anti-inflamatórios diminuem a inflamação que detona o processo doloroso. Os comuns e os opiodes bloqueiam a transmissão dos impulsos da dor no sistema nervoso central.
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O uso frequente oferece risco à saúde?
Sim. Consumidos de maneira indiscriminada, os analgésicos causam danos silenciosos ao estômago, fígado, rins e intestino. Quando você descobre, o estrago já está feito! Por isso a importância da prescrição por um médico, que deve recomendá-los como u dos recursos disponíveis. O tratamento da dor envolve outras medidas como exercício bem orientado, que promove a liberação de endorfinas, consideradas analgésicos naturais.
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Eles aliviam dores musculares provocadas pelo excesso de exercício?
Tanto os analgésicos comuns quanto os anti-inflamatórios são eficientes para atenuar esse tipo de dor. Mas evite criar o hábito de exagerar no treino e apelar para um analgésico. Se ficar dolorida depois de malhar, tome um banho morno ou faça compressas quentes no local, além de rever a prática e adotar alguns cuidados básicos, como corrigir a postura, aquecer o corpo por mais tempo e alongar no final da aula.
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É verdade que podem fazer a dor piorar?
Em excesso, podem provocar um efeito rebote. Há, inclusive, dor de cabeça por abuso de analgésicos. Se antes ela passava com um comprimido, depois só cede com dois, três e assim progressivamente. O organismo vai ficando tão habituado ao remédio que deixa de acionar seus mecanismos naturais de controle da dor. Então, em vez de ajudar, ele desencadeia as crises.
 
Quando vale a pena ir ao médico em vez de apelar para os analgésicos?
Sempre que a dor for intensa e repentina ou, de leve a moderada, com duração superior a três meses – mesmo que não seja diária, mas que prejudique as atividades rotineiras (trabalho, sono, lazer).
 
Tem hora certa para tomar o comprimido?
Não. Mas as dores crônicas devem ser tratadas regularmente – não espere a crise se instalar.
 
É perigoso misturar bebida alcoólica com analgésico?
Os opiodes não combinam com álcool. Mas os anti-inflamatórios e os comuns, em baixas doses, admitem bebida com moderação – uma taça de vinho, no máximo!
 
Qualquer pessoa pode usá-los?
Depende. Quem tem problemas no fígado ou é alérgica a determinadas substâncias deve ter cuidado na escolha do analgésico ou qualquer outro remédio. Você também precisa descobrir qual é o melhor para seu organismo: investigação que deve ser feita, de preferência, com ajuda médica.
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