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Quimioterapia adjuvante: entenda o tratamento feito por Kate Middleton

Na última sexta-feira (22), a princesa de Gales revelou que foi diagnosticada com um câncer. Saiba mais!

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 17h39 - Publicado em 25 mar 2024, 16h00
kate quimioterapia preventiva
Na última sexta-feira (22), a princesa de Gales revelou que foi diagnosticada com um câncer. Saiba mais! | (./Reprodução)
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Na sexta-feira, 22 de março, por meio de um vídeo publicados nas redes sociais, a princesa de Gales, Kate Middleton, de 42 anos, revelou que está fazendo quimioterapia preventiva para tratar um câncer. De acordo com ela, a doença foi descoberta em exames que fez após passar por uma cirurgia abdominal em janeiro deste ano.

“Em janeiro, eu passei por uma grande cirurgia abdominal em Londres e, nessa ocasião, pensava-se que minha condição não era câncer. A cirurgia foi um sucesso. No entanto, exames depois da cirurgia notaram que havia câncer. Minha equipe médica, portanto, aconselhou que eu fizesse um ciclo de quimioterapia preventiva. E, agora, estou nos estágios iniciais desse tratamento”, relatou a esposa do príncipe William.

Kate não informou o tipo e o local do câncer que está enfrentando. “Estou bem e ficando mais forte a cada dia, focando nas coisas que vão me ajudar a curar, minha mente, corpo e espírito”, garantiu.

O que é a quimioterapia adjuvante?

“A princesa de Gales contou que fez uma cirurgia abdominal e que foi retirada uma lesão, que, a princípio, era considerada benigna. Porém, ao fazer a biópsia, a análise do material da cirurgia, foi visto que tinha um câncer, uma lesão inicial que foi removida com sucesso. Nesses casos, é feita a quimioterapia preventiva, que chamamos de adjuvante na prática médica. Isso quer dizer que não há um câncer ativo. Se fizer uma nova tomografia, por exemplo, não vai achar câncer. Mas, podem haver células microscópicas do tumor que sobraram e estão rondando o corpo. Se não for realizada a quimioterapia preventiva, elas podem acabar se instalando em alguns órgãos e o câncer voltar”, explica a Dra. Nicole Rossi, oncologista do grupo Oncoclínicas e do Hospital das Clínicas da UFMG.

Nesse sentido, a Dra. Luiza Gadotti, oncologista, reforça que a quimioterapia adjuvante é importante para evitar que células tumorais que possam não ter sido retiradas pela intervenção cirúrgica se desenvolvam futuramente, causando a recidiva do câncer. “O objetivo maior é aumentar a chance de cura do paciente”, destaca ela.

De acordo com a Dra. Lucíola Pontes, oncologista e líder médica do Centro de Cuidado em Oncologia e Hematologia do Hcor, esse tratamento pode ser recomendado para diversos tipos de tumores malignos, como câncer de mama, de intestino, de pulmão, de ovário, de pâncreas, entre outros.

“A grande vantagem da quimioterapia adjuvante é que a gente tem uma proposta curativa. É quando fazemos uma cirurgia, retiramos toda lesão, não sobra nada e, então, fazemos uma quimioterapia para que prevenir a volta do problema”, diz a Dra. Nicole.

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A quimioterapia adjuvante deve ser indicada a partir de uma avaliação individualizada, considerando fatores como tipo de tumor, características da doença, presença de gânglios linfáticos acometidos e idade e condição de saúde do paciente, afirma a Dra. Luiza.

Quais os efeitos colaterais? 

“Drogas diferentes podem ter efeitos colaterais diferentes e não existe um esquema único de tratamento“, destaca Gadotti. De forma geral, a quimioterapia pode provocar:

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  • Náuseas e vômitos;
  • Queda da imunidade e plaquetas baixas;
  • Queda de cabelo;
  • Diarreia;
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  • Mal-estar e dores no corpo;
  • Fraqueza;
  • Perda de apetite.
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“Hoje em dia, temos recursos e remédios muito modernos que ajudam a evitar que todos esses efeitos colaterais aconteçam. A queda de cabelo, por exemplo, que é muito temida por grande parte dos pacientes, não acontece em todos os tratamentos”, conclui Rossi.

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