Preta Gil, Letticia Muniz e Polly Oliveira falam sobre body positive
Preta conversa com as duas convidadas em um episódio da websérie Na Linha de Frente
Você se sente livre para ser quem é? O questionamento pode ser bem difícil de responder assim, logo de cara. Ainda mais quando feito a uma mulher, que precisa lidar diariamente com pressões sociais e padrões de beleza. Movimentos como o body positive entram como um contraponto a essa lógica, trazendo um discurso de autoaceitação — e ajudando muita gente.
O corpo positivo ou a positividade corporal é um movimento que fala da aceitação do corpo
Preta Gil
E é sobre ele que a cantora Preta Gil (@pretagil), a modelo Letticia Muniz (@letticia.muniz) e a escritora e estudiosa Polly Oliveira (@pollyoliveirareal) falam no episódio que leva justamente o nome de Livre Para Ser Quem Você É, publicado hoje (26/03) pela agência Mynd (@music2mind) no Instagram. Ele faz parte da websérie Na linha de Frente, comandada por Preta, e que traz conteúdos com temas como preconceito, maternidade e questões de gênero.
A pressão estética começa cedo
E se alimenta das nossas insatisfações com nós mesmas. Polly conta que percebe isso quando conversa com sua filha. “Quantas vezes ela está ali, passando o feed, e começa: ‘Mãe, eu queria fazer uma bichectomia. Mãe, eu queria ajeitar o meu nariz.’ A gente tem que tentar explicar de onde estão vindo essas necessidades. Essas falsas necessidades, né?! Muitas vezes nos convencem de que nós não somos bonitas”, diz.
Ela afirma que, por isso, aprendemos a não gostar do que vemos no espelho. “A gente está sempre se perguntando por que a gente não consegue se amar? A pergunta certa é: por que a gente se odeia tanto? Tem a ver com a distorção de imagem, com a forma como nos ensinam a nos olharmos.”
Exposição, não: normalização
Letticia, por outro lado, não entende por que as pessoas perguntam tanto sobre se ela não se expõe demais com as fotos que posta. “O meu trabalho é normalizar o meu corpo! Ele não está sendo exposto para satisfazer o desejo sexual de ninguém, nem para que eu me sinta linda e gostosa. É simplesmente para normalizar, porque a vida inteira a gente viu mulheres magras postando seus corpos e aquilo era lindo! Enquanto a gente via aquilo, a gente estava por trás da tela sonhando com o dia que a gente seria magra também.”
“Ninguém questiona quando uma mulher magra posta umas fotos. A gente tem que tornar isso natural. As pessoas até hoje falam para mim: ‘Que coragem’! e eu sempre falo que não é sobre ter coragem, é sobre se amar”, complementa Preta.
Veja o episódio no IGTV da Mynd.
Dramas, estereótipos, relacionamentos afetivos e os desafios enfrentados pelas mulheres trans, que querem somente ser reconhecidas como mulheres. Esse é o tema do último episódio da websérie, que vai ao ar em duas partes: uma na segunda (29/03) e outra na sexta (02/04). As convidadas? As cantoras Pepita e Urias.
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