Ovos de tênia para emagrecer? Prática é extremamente arriscada
Segundo médicos, mulheres estão comprando pílulas com os ovos do animal na dark web. Veja riscos
Pode parecer inacreditável, mas muitas pessoas arriscam as suas vidas para atingir objetivos estéticos, como emagrecer. Agora, mais um caso chocou a internet: mulheres estão tomando pílulas com ovos de tênia na tentativa de perder peso.
O alerta foi feito por médicos que compartilharam a história nas redes sociais com o objetivo de ressaltar os perigos da prática. De acordo com os especialistas, esses produtos estariam disponíveis na internet, mais especificamente na dark web.
Nem precisamos mencionar que o ato não é recomendado e pode trazer consequências graves para a saúde, não é mesmo? A seguir, vamos explicar melhor:
O que é a tênia?
A tênia é considerada um parasita. Ela pode entrar no nosso corpo após o consumo de carnes de porco e de boi, peixes, água e alimentos contaminados.
De acordo com o Manual MSD, as tênias adultas, quando vivem no intestino humano, comem parte dos alimentos ingeridos pela pessoa e normalmente não causam sintomas mais graves, sendo comuns apenas desconforto abdominal, diarreia e perda de peso.
No entanto, se os ovos desse parasita caem na corrente sanguínea, eles podem formar cistos em diferentes partes do corpo, incluindo o cérebro – gerando problemas como dores de cabeça, confusão mental, convulsões e doenças mais graves que apresentam risco à vida.
Ovos de tênia para emagrecer: caso real
Uma das postagens mais famosas a respeito do tema foi feita pela especialista em câncer Bernard Hsu, dos Estados Unidos. Na publicação, ela conta que “TE”, nome dado à paciente para preservar a sua identidade, utilizou os comprimidos e obteve os resultados desejados no começo. Sintomas iniciais leves, como cólicas e fezes em um formato estranho, foram ignorados por ela.
Contudo, os sinais foram piorando. Em uma noite, a mulher percebeu uma espécie de caroço em seu queixo. Ao tentar espremê-lo, ela desmaiou. Depois, vieram as dores de cabeça intensas, uma sensação de pressão no crânio, inchaço e desconforto abdominal.
Ao procurar um hospital pela primeira vez, “TE” foi medicada e liberada em seguida, uma vez que os médicos acreditavam não ser algo grave. Contudo, na mesma semana, a paciente parecia esquecer de coisas simples, como se tivesse episódios de amnésia.
Foi somente na segunda ida ao pronto-socorro que “TE” contou o que havia feito e recebeu o tratamento adequado com dois remédios principais: um que paralisa os vermes, fazendo com que eles se desprendam do intestino, e outro que priva os açúcares necessários para os animais sobreviverem. Eles também prescreveram esteroides para diminuir o nível de inflamação em seu cérebro e permitir que seu corpo eliminasse os ovos, embora isso não fosse algo garantido.