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Ovos de tênia para emagrecer? Prática é extremamente arriscada

Segundo médicos, mulheres estão comprando pílulas com os ovos do animal na dark web. Veja riscos

Por Giovana Santos
Atualizado em 21 out 2024, 17h28 - Publicado em 17 out 2024, 20h00
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Ovos de tênia para emagrecer? Prática é extremamente arriscada | (diego_cervo/BOA FORMA)
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Pode parecer inacreditável, mas muitas pessoas arriscam as suas vidas para atingir objetivos estéticos, como emagrecer. Agora, mais um caso chocou a internet: mulheres estão tomando pílulas com ovos de tênia na tentativa de perder peso.

O alerta foi feito por médicos que compartilharam a história nas redes sociais com o objetivo de ressaltar os perigos da prática. De acordo com os especialistas, esses produtos estariam disponíveis na internet, mais especificamente na dark web.

Nem precisamos mencionar que o ato não é recomendado e pode trazer consequências graves para a saúde, não é mesmo? A seguir, vamos explicar melhor:

O que é a tênia? 

A tênia é considerada um parasita. Ela pode entrar no nosso corpo após o consumo de carnes de porco e de boi, peixes, água e alimentos contaminados.

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De acordo com o Manual MSD, as tênias adultas, quando vivem no intestino humano, comem parte dos alimentos ingeridos pela pessoa e normalmente não causam sintomas mais graves, sendo comuns apenas desconforto abdominal, diarreia e perda de peso.

No entanto, se os ovos desse parasita caem na corrente sanguínea, eles podem formar cistos em diferentes partes do corpo, incluindo o cérebro – gerando problemas como dores de cabeça, confusão mental, convulsões e doenças mais graves que apresentam risco à vida.

Ovos de tênia para emagrecer: caso real

Uma das postagens mais famosas a respeito do tema foi feita pela especialista em câncer Bernard Hsu, dos Estados Unidos. Na publicação, ela conta que “TE”, nome dado à paciente para preservar a sua identidade, utilizou os comprimidos e obteve os resultados desejados no começo. Sintomas iniciais leves, como cólicas e fezes em um formato estranho, foram ignorados por ela.

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Contudo, os sinais foram piorando. Em uma noite, a mulher percebeu uma espécie de caroço em seu queixo. Ao tentar espremê-lo, ela desmaiou. Depois, vieram as dores de cabeça intensas, uma sensação de pressão no crânio, inchaço e desconforto abdominal.

Ao procurar um hospital pela primeira vez, “TE” foi medicada e liberada em seguida, uma vez que os médicos acreditavam não ser algo grave. Contudo, na mesma semana, a paciente parecia esquecer de coisas simples, como se tivesse episódios de amnésia.

Foi somente na segunda ida ao pronto-socorro que “TE” contou o que havia feito e recebeu o tratamento adequado com dois remédios principais: um que paralisa os vermes, fazendo com que eles se desprendam do intestino, e outro que priva os açúcares necessários para os animais sobreviverem. Eles também prescreveram esteroides para diminuir o nível de inflamação em seu cérebro e permitir que seu corpo eliminasse os ovos, embora isso não fosse algo garantido.

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