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O que fazer quando você está com água no ouvido

Seja por causa da piscina, do mar ou de um banho, ficar com água no ouvido nunca é confortável e pode causar sérias complicações

Por Marcela De Mingo
Atualizado em 21 out 2024, 16h35 - Publicado em 11 ago 2022, 08h00
água no ouvido
 (Monstera / Pexels/Divulgação)
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Dar um mergulho na piscina é maravilhoso até você perceber que o seu ouvido encheu de água. O que fazer nesses casos? A “água no ouvido” é bastante comum e pode acometer qualquer um, em diversas situações: no mar, na piscina… até mesmo no banho. Veja, abaixo, o que fazer e como lidar com essa situação. 

O QUE SIGNIFICA TER ÁGUA NO OUVIDO? 

“O canal auditivo tem entre 2 a 3 centímetros de comprimento e, em condições normais, não deve acumular umidade”, explica o Dr. Roberto Angeli, médico otorrino, especialista da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. “Entretanto, algumas pessoas acabam retendo líquido dentro deste conduto após expor-se a atividades como natação ou mesmo um banho recreativo em praias ou piscinas.”

Apesar de comum, essa é uma condição que precisa de atenção, afinal, o canal do ouvido tem, naturalmente, um pH ácido que dificulta a proliferação de fungos e bactérias. No entanto, quando ele fica úmido por um tempo maior, entre 3 a 4 dias, em média, esse ambiente se torna mais alcalino e os germes acabam encontrando um ambiente mais propício para se desenvolver. 

“Inicialmente, há apenas desconforto e coceira na região”, diz o médico. “Entretanto, pode se desenvolver um quadro de infecção que chamamos de otite externa. Essa situação se caracteriza por dor de intensidade variável e secreção mais espessa.”

COMO TRATAR A ÁGUA NO OUVIDO? 

De acordo com o médico, a principal medida nesses casos é a preventiva. O cerume (isto é, a “cera de ouvido”) tem um papel fundamental, já que ajuda a manter o meio ácido e ainda cria uma camada oleosa impermeabilizante que facilita o escoamento da umidade que pode se acumular no interior do conduto auditivo. 

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“Limpezas exaustivas e repetidas são desaconselhadas, pois acabam removendo essa camada protetora. O excesso de cerume pode e deve ser removido em situações pontuais, mas sempre sob supervisão médica especializada”, aconselha. 

Aliás, a limpeza caseira, com instrumentos improvisados, é completamente contraindicada, já que pode causar trauma não apenas às paredes do conduto, mas também à membrana do tímpano, que se encontra ao final desse canal.

No entanto, se você perceber que o ouvido já está bloqueado por conta da água, o ideal é buscar ajuda médica quando essa condição durar mais do que 1 ou 2 dias. 

“Sintomas como coceira, abafamento e, principalmente, secreção e dor no ouvido são sinais de alerta que devem ser considerados. O médico otorrinolaringologista é o especialista com treinamento e recursos para avaliar estes casos e, se preciso, oferecer um tratamento adequado. O manejo pode incluir apenas limpeza do local, gotas locais ou, em casos mais severos, com infecção, antibióticos orais”, finaliza. 

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