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Novembro Azul: a importância da prevenção do câncer de próstata e cuidados essenciais

Câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil (atrás apenas do câncer de pele)

Por Giovana Santos
Atualizado em 4 nov 2024, 11h43 - Publicado em 1 nov 2024, 20h00
Homem segurando laço do Novembro Azul
Novembro azul alerta para a prevenção do câncer de próstata | (Freepik/Reprodução)
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O 11º mês do ano (que começa hoje, inclusive) é marcado pela campanha Novembro Azul. A ação, encabeçada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, e apoiada por diferentes instituições e ONGs brasileiras, tem como objetivo alertar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde masculina, especialmente no que diz respeito ao câncer de próstata.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos, e por aqui, o número de casos cresce a cada a cada ano.

Pensando nisso, separamos algumas informações importantes que você precisa saber sobre a condição:

Novembro Azul: mês da conscientização sobre o câncer de próstata

O QUE É? 

“A próstata é uma glândula do homem, localizada abaixo da bexiga, em frente à porção final do intestino (o reto) e que envolve o canal por onde passa a urina (a uretra). A doença acontece quando as células dessa glândula se multiplicam de forma desordenada e descontrolada, causando tumores, algumas vezes malignos”, explica a Dra. Pamela Carvalho Muniz , oncologista da Oncoclínicas São Paulo.

CAUSAS

Há fatores que podem aumentar o risco do câncer de próstata, entre eles a idade. “Sabemos que a chance de ter a doença aumenta com o envelhecimento do indivíduo, sendo uma doença muito mais frequente após os 60 anos”, diz a oncologista.

A obesidade e o histórico familiar da doença também são aspectos que podem aumentar as chances de surgimento do problema.

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SINTOMAS

De forma geral, o câncer de próstata pode ser uma doença silenciosa, ou seja, pode não apresentar nenhum sintoma.

No entanto, de acordo com a oncologista, com o avanço da doença, podem surgir alguns sintomas, como dificuldade, dor ou ardência para urinar, sangue na urina e sensação de não esvaziamento completo da bexiga.

Em fases ainda mais avançadas, o pacienta também pode sofrer com emagrecimento e dores na coluna, por exemplo.

DIAGNÓSTICO

Para fazer o diagnóstico do câncer de próstata, alguns exames são indicados, como o PSA (exame de sangue que quantificar o antígeno prostático específico) e o toque retal, segundo a Dra. Pamela.

Ao serem observadas alterações nesses exames e nos de imagem (ultrassom, tomografia e ressonância magnética), existe a necessidade de realizar uma biópsia.

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“A biópsia é o procedimento que, de fato, vai confirmar o diagnóstico da neoplasia. Nesse procedimento, ocorre a retirada de fragmentos pequenos da próstata, que serão analisados no laboratório para confirmação da doença”, explica a médica.

TRATAMENTO

“O tratamento depende diretamente da extensão da doença. No caso de estar localizada, podemos lançar mão da cirurgia, radioterapia combinada ou não à hormonioterapia. Já nos casos mais avançados pode-se ainda indicar quimioterapia, fármacos nucleares, novos agentes hormonais na forma de comprimidos. Todas essas possibilidades de tratamento hoje disponíveis dependem de avaliação médica criteriosa e multidisciplinar”, diz a oncologista Pamela Carvalho Muniz.

O PAPEL DA ATIVIDADE FÍSICA

A prática regular de atividade física é fundamental para reduzir o risco de desenvolvimento da doença, assim como pode ajudar os pacientes que foram diagnosticados com o problema e estão em tratamento.

“Não podemos afirmar que a prática de exercícios físicos irá impedir 100% o desenvolvimento do câncer de próstata, afinal, existe a predisposição genética. Mas, a literatura científica nos mostra que os exercícios físicos contribuem para uma melhora geral do quadro de saúde e redução do risco de desenvolvimento de tumor, especialmente em relação a pessoas com comportamento sedentário”, diz o mestre em fisiologia do exercício e diretor técnico das academias Bodytech, Eduardo Netto.

“Cada vez mais, faz parte da rotina do oncologista incluir a orientação da prática de atividade física como parte da prevenção de muitos tipos de câncer, entre eles o câncer de próstata, mama, intestino e endométrio, por exemplo”, completa a Dra. Pamela.

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Além de melhorar a força muscular e prevenir a perda da massa óssea, a prática de atividade física por pelo menos 15 minutos diariamente pode melhorar o cansaço, a fadiga e a capacidade cardiorrespiratória.

“De acordo com as Diretrizes da American Cancer Society, realizar mais atividade física é um comportamento associado à redução do risco de desenvolvimento de vários tipos da doença, incluindo câncer de mama, próstata, cólon e endométrio”, enfatiza o profissional de educação física Eduardo Netto.

Para os pacientes que já são diagnosticados com câncer, o exercício físico ajuda a lidar com os efeitos colaterais dos tratamentos (quimioterapia, hormonioterapia) e promove melhores taxas de sobrevida.

A prática de exercício demonstrou ser eficaz para neutralizar sequelas do tratamento, bem como melhorar a saúde mental e a qualidade de vida”, pontua Eduardo.

“É importante lembrar que a orientação e a escolha da melhora atividade física para cada paciente deve ser discutida em consulta médica e personalizada para cada paciente de acordo com a extensão da doença e condição clínica atual”, alerta a oncologista.

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O risco de surgimento de câncer também pode ser reduzido ao adotar um estilo de vida saudável, ou seja, controlando o peso, reduzindo o consumo de bebidas alcóolicas e se alimentando de uma forma mais equilibrada.

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