Mexer o corpo para acalmar a mente: treinos ajudam a combater ansiedade
O sedentarismo está ligado a um maior risco de surgimento de transtornos mentais
O Brasil lidera o ranking mundial de ansiedade, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante de um dia a dia cada vez mais acelerado, que gera sobrecarga emocional e dificuldade de se reconectar com o presente, os treinos se destacam como grandes aliados na melhora da saúde física e do equilíbrio mental.
“As pessoas estão sendo engolidas pelas tarefas diárias e pelos compromissos. A atividade física é uma das ferramentas mais poderosas que temos para acalmar a mente e combater a ansiedade”, ressalta o Rafael Florêncio, personal trainer e educador físico.
O profissional relata situações frequentes em que alunos chegam tensos, agitados ou emocionalmente exaustos. Para ele, é fundamental adotar uma abordagem que leve em consideração corpo, mente e rotina.
“Às vezes percebo que o aluno não vai conseguir render com o treino tradicional. Então, eu ajusto os exercícios ali mesmo, na hora, com foco em aliviar aquela carga emocional. E funciona”, fala.
“Quando a pessoa chega com energia acumulada, é preciso começar devagar. Treinos aeróbicos de baixa intensidade são ótimos para aumentar o fluxo sanguíneo e oxigenar o cérebro. Aos poucos, ela vai entrando em outro estado mental, mais leve e presente”, completa.
Rafael destaca que, apesar de conhecerem os benefícios da prática regular de atividades físicas à mente, muitas pessoas ainda recorrem a válvulas de escape mais fáceis.
“Falta conhecimento, orientação e, muitas vezes, um processo de substituição de hábitos prejudiciais por alternativas saudáveis”, pontua.
“Existem mais de 8 mil esportes registrados no mundo, sem contar as modalidades fitness. Teste, experimente, movimente-se. Algum deles vai tocar você”, incentiva Florêncio.
O papel dos treinos nas emoções
A ciência já provou que movimentar o corpo é um dos cuidados mais indispensáveis para cuidar da mente e evitar transtornos como depressão e ansiedade.
Isso porque a prática de atividades físicas desencadeia processos fisiológicos e hormonais que impactam positivamente na nossas saúde emocional.
Rafael explica que os exercícios promovem a liberação de neurotransmissores ligados ao bem-estar (endorfina, serotonina e dopamina), melhoram o sono e aumentam a autoestima.
“Esses hormônios não apenas aliviam o estresse como também reduzem a percepção de dor e favorecem a interação social, o foco e a resiliência.”
A integração com a saúde mental
O personal trainer acredita que o futuro da educação física passa pela integração com a saúde mental. “Hoje, muitos profissionais ainda focam apenas no corpo, mas cresce o número de colegas buscando formação em terapias, comportamento humano e ferramentas de autodesenvolvimento. Nosso diferencial está no olhar humano”, opina.
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