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Intoxicação alimentar: causas, sintomas, tratamento e como prevenir

Idosos, gestantes e crianças são mais propensos a desenvolver formas graves de intoxicação alimentar. Saiba mais!

Por Juliany Rodrigues
5 jan 2024, 14h50
Saiba como se proteger contra a intoxicação alimentar | (cookie_studio/Freepik)
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A intoxicação alimentar é uma doença causada pela ingestão de alimentos ou de água contaminados por bactérias, vírus, parasitas ou substâncias químicas nocivas à saúde do organismo.

“As principais bactérias causadoras do problema são: Shiguella e Salmonella, presentes em ovos, leite e carne crua, a E.coli, que habita o intestino humano, a Staphyloccus, que tem contaminação através da pele, e ainda a Clostridium, que está presente na toxica botulínica e em algumas embalagens de alimentos em conserva”, lista o Dr. Eduardo Grecco, gastrocirurgião e endoscopista do Instituto EndoVitta.

Dados da Organização Mundial de Saúde apontam que, a cada ano, aproximadamente 600 mil pessoas morrem de intoxicação alimentar e 420 mil adoecem devido à ingestão de alimentos impróprios para o consumo.

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR X INDISPOSIÇÃO ESTOMACAL

Muitas pessoas podem confundir a intoxicação alimentar com uma simples indisposição estomacal, porém é fundamental aprender a diferenciar essas duas condições.

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Segundo Felipe França, nutricionista e sócio-fundador da Clínica Soloh de Nutrição em BH (MG), o início dos sintomas da intoxicação alimentar, na maior parte das vezes, se manifestam de 6 a 72 horas após o consumo dos alimentos contaminados, enquanto uma indisposição estomacal pode ocorrer imediatamente após uma refeição e ser de curta duração. 

“A intoxicação alimentar tende a apresentar sintomas mais graves, como diarreia intensa, vômitos frequentes, febre e dores abdominais severas, enquanto uma indisposição estomacal envolve um desconforto estomacal leve a moderado. Os sintomas de uma indisposição estomacal, geralmente, desaparecem dentro de 24 a 48 horas, enquanto os de uma intoxicação alimentar podem durar vários dias“, explica França.

A seguir, saiba mais sobre os sintomas, o tratamento e a prevenção da intoxicação alimentar!

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SINTOMAS DA INTOXICAÇÃO ALIMENTAR

Os sintomas mais comuns da intoxicação alimentar são:

“A suspeita de intoxicação alimentar acontece quando, em poucas horas, a pessoa começa a ter diarreia, vômito e dor abdominal e evolui para uma desidratação de maneira muito rápida. Também pode ser um indício quando mais de uma pessoa no mesmo convívio apresenta o mesmo desconforto e tenha comido a mesma fonte de alimento”, alerta a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista.

Se você estiver experimentando esses sintomas, é recomendado se hidratar bem, procurar saber o que ingeriu e buscar ajuda médica.

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DIAGNÓSTICO

O diagnóstico é feito por meio do quadro clínico do paciente e, se necessário, o profissional de saúde pode solicitar exames de sangue e de fezes. “No hospital, o hemograma, assim como outras análises laboratoriais, pode ser realizado para identificar possíveis infecções. Além disso, o exame protoparasitológico de fezes (EPF) também pode ajudar a confirmar a presença de bactérias e parasitas”, conta Grecco.

COMO TRATAR?

Normalmente, a forma leve de intoxicação alimentar não persiste por muito tempo e a recuperação acontece com cuidados adequados em casa. No entanto, em casos mais graves, os sintomas são mais intensos e duradouros e há a desidratação, o que demanda, muitas vezes, a hospitalização.

“A desidratação pode causar fraqueza, tontura, batimentos cardíacos acelerados e pressão arterial baixa, agravando os sintomas da intoxicação alimentar e levando a complicações, como insuficiência renal“, fala o nutricionista.

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O tratamento é determinado de acordo com a gravidade do caso e pode envolver hidratação, repouso, mudanças na dieta e remédios para aliviar os incômodos. “Em situações mais sérias, pode ser necessária a internação, a hidratação venosa e até mesmo o uso de antibióticos“, afirma o gastrocirurgião.

“É indicado priorizar alimentos mais leves e cozidos, que podem facilitar a digestão, e evitar proteínas, carnes mal passadas, condimentos e leite e derivados“, completa ele.

Vale enfatizar a importância da hidratação para lidar com a intoxicação alimentar, uma vez que a diarreia e os vômitos levam à uma perda significativa de líquidos, aumentando a vulnerabilidade do corpo à desidratação.

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“Além da água, pode ser feito o consumo de soluções de reidratação oral (SRO) ou bebidas com eletrólitos. As SROs contém uma combinação equilibrada de água, açúcares e eletrólitos, como sódio, potássio e cloreto, que ajudam a repor eficazmente os nutrientes perdidos“, orienta Felipe França.

COMO PREVENIR A INTOXICAÇÃO ALIMENTAR?

Aqui vão algumas dicas para prevenir a intoxicação alimentar:

  • Sempre priorize frutas, verduras e legumes frescos;
  • Lave e higienize as mãos antes de manipular alimentos;
  • Avalie a questão da rede de esgoto na sua região;
  • Lave bem os alimentos e conheça a procedência deles. Todas as verduras devem ser lavadas com água e, se possível, com hipoclorito;
  • Use sempre água filtrada;
  • Não guarde ovos na porta da geladeira, pois o “abre e fecha” causa uma oscilação de temperatura, deixando-os mais suscetíveis à contaminação.
  • Ao comer em um restaurante, dê uma olhada na higiene do estabelecimento.
  • Evite a compra de embalagens em conserva e danificadas;
  • Tenha atenção ao prazo de validade;
  • Mantenha seus utensílios de cozinha sempre limpos;
  • Beba a quantidade correta de água diariamente;
  • Tenha uma dieta balanceada;
  • Conte com as orientações de especialistas.
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