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Herpes labial: o que é, sintomas e como tratar

Herpes labial é uma doença contagiosa causada pelo herpes vírus e apresenta sintomas como vermelhidão na boca e pequenas bolhas nos lábios

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h32 - Publicado em 18 nov 2022, 11h00
Lábios de uma mulher
 (SHVETS production/Pexels)
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A herpes labial é um problema comum que gera muitas dúvidas em alguns pacientes. De acordo com a Dra. Fabiana Seidl, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologista e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, “a infecção nos lábios ocorre pelo vírus herpes simplex (HSV), mais comumente pelo HSV tipo 1, podendo acontecer também pelo HSV tipo 2 (mais comum em região genital”.

Em relação à transmissão do problema, a dermatologista diz que “a herpes labial é transmitida por meio de contato pessoal direto, como o beijo, e também por contato sexual”.

A Dra. Lais Leonor, dermatologista da clínica Dr. André Braz, do Rio de Janeiro explica que a doença pode permanecer desde a infância sem se manifestar.

“O contato com o vírus ocorre geralmente na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época. O vírus atravessa a pele e, percorrendo um nervo, se instala no organismo de forma inativa, até que venha a ser reativado. 
A reativação do vírus pode ocorrer devido a diversos fatores desencadeantes, tais como: exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções que diminuam a resistência orgânica”, explica Lais.

A herpes labial ocasiona pequenas lesões. “Ao redor dos lábios surgem feridas ou vesículas. Geralmente não cursa com sintomas sistêmicos, exceto na primeira infecção, onde o paciente pode apresentar febre e estomatite”, diz a Dra. Fabiana Seidl.

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De forma geral, as lesões começam a aparecer 4 a 6 dias após o contato com o vírus, que fica incubado por um período que varia.

“Depois da primeira infecção, o vírus do herpes permanece dormente (latente) no corpo e pode ser periodicamente reativado e causar sintomas. É importante a avaliação médica para confirmar diagnóstico e receber a prescrição adequada. Pode ser necessário a prescrição de antiviral oral, dependendo do tempo de início dos sintomas. Também pode ser necessário fazer profilaxia para evitar recorrências constantes”, fala Fabiana.

Segundo a Dra. Lais Leonor, os sintomas envolvem ardência e ardor no local onde se manifestarão as lesões e a presença de bolhas. “Inicialmente, pode haver coceira e ardência no local onde surgirão as lesões; a seguir, formam-se pequenas bolhas agrupadas como num buquê sobre área avermelhada e inchada”, começa.

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“As bolhas rompem-se liberando líquido rico em vírus e formando uma ferida. É a fase de maior perigo de transmissão da doença. A ferida começa a secar formando uma crosta que dará início à cicatrização;
a duração da doença é de cerca de 5 a 10 dias”, completa.

Para prevenir a herpes labial, é indicado evitar beijos e compartilhar objetos como copos, maquiagem com o individuo que está infectado.

“Para quem já teve contato com vírus previamente e possui infecções de repetição, evitar exposição ao sol sem filtro solar, manter os lábios hidratados e não machucar ou ‘arrancar pele’ quando está nervosa. Como o herpes é um vírus que se manifesta quando há uma queda na imunidade, manter uma dieta equilibrada, exercícios físicos e rotina de sono satisfatória ajuda a evitar a recorrência”, relata a Dra. Fabiana Seidl.

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A Dra. Lais Leonor ainda aponta cuidados essenciais que devem ser seguidos quando ocorrer a infecção pelo vírus da herpes labial. De acordo com ela, “o tratamento deve ser iniciado tão logo comecem os primeiros sintomas, assim o surto deverá ser de menor intensidade e duração”.

Além disso, Lais aconselha evitar furar vesículas, assim como beijar ou falar próximo de outras pessoas, principalmente de crianças, se a doença estiver nos lábios, e evitar relações sexuais se a localização for genital.

Ao observar sintomas da herpes labial, a especialista alerta a respeito a importância de procurar auxílio médico. “O tratamento deve ser orientado pelo médico dermatologista”, afirma Lais.

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