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Glaucoma: o que é, tratamento e prevenção

Caracterizado pelo aumento da pressão intraocular, o problema, se não tratado corretamente, pode levar à perda total da visão

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 26 Maio 2023, 14h51 - Publicado em 26 Maio 2023, 14h40
O que é o glaucoma e como tratar
 (freepik/Freepik)
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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o glaucoma é a segunda principal causa de cegueira em todo o mundo, ficando atrás apenas da catarata, que ocupa o primeiro lugar. No Brasil, estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas sejam diagnosticadas com a doença.

Com a intenção de conscientizar a população a respeito do glaucoma e da importância do seu diagnóstico precoce, foi instituído o dia 26 de maio como o Dia Nacional do Combate ao Glaucoma.

Para esclarecer todas as dúvidas sobre essa condição ocular, a Boa Forma conversou com o Dr. Tiago César Pereira Ferreira, oftalmologista especializado em catarata, lentes de contato, ceratocone e cirurgia refrativa. Confira:

O QUE É O GLAUCOMA?

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É uma doença degenerativa do nervo óptico, estrutura que se localiza no polo posterior do globo ocular e é responsável pela conexão entre os olhos e o cérebro.

As principais alterações provocadas pelo glaucoma são: aumento da escavação, área circular central do nervo óptico, e elevação da pressão intraocular. Normalmente, esse aumento da pressão ocorre quando o fluído produzido dentro do olho não é drenado adequadamente e acaba ficando acumulado no local, gerando compressão e comprometimento do fluxo sanguíneo para o nervo óptico.

“No entanto, existem casos de glaucoma nos quais a pressão ocular está dentro da faixa normal, mas ainda assim ocorrem danos no nervo óptico”, acrescenta.

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Como resultado dessas alterações, surgem lesões nas fibras nervosas e problemas na passagem da luz e dos sinais visuais para o cérebro, levando à complicações na visão.

“Com o tempo, ocorre a perda gradual da visão periférica, e se não for tratado adequadamente, o glaucoma pode resultar na perda total da visão“, alerta. 

QUAIS SÃO OS FATORES DE RISCO?

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O Dr. Tiago afirma que pessoas que têm parentes diagnosticados com glaucoma apresentam um risco maior de desenvolver a doença, assim como aquelas de ascendência africana ou portadoras de diabetes, miopia ou doenças cardiovasculares.

Além disso, a idade também é uma característica que favorece o surgimento desse problema, sendo que indivíduos com idade avançada (mais de 40 anos) são mais suscetíveis ao seu aparecimento.

COMO É O DIAGNÓSTICO?

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O diagnóstico é feito a partir da realização de alguns exames oftalmológicos. “O oftalmologista avaliará a pressão intraocular por meio da tonometria, examinará a aparência do disco óptico e realizará uma avaliação do campo visual para identificar possíveis áreas de perda de visão. Pode ser feito o exame de tomografia de coerência óptica (OCT) para avaliar a espessura das camadas de fibras nervosas”.

E O TRATAMENTO?

Como não há uma cura para o glaucoma, as medidas terapêuticas têm o objetivo de controlar a pressão intraocular para evitar a progressão da doença e preservar a visão. No geral, elas envolvem o uso de colírios, medicamentos orais, laser ou cirurgia. Vale ressaltar que o tratamento é determinado de acordo com o estágio e gravidade do glaucoma.

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COMO PREVENIR?

Como explicado pelo Dr. Tiago, não é possível prevenir completamente o glaucoma. Entretanto, alguns comportamentos podem ajudar a reduzir os fatores de risco e a detectar a condição o mais rápido possível. São eles:

  • Fazer exames oftalmológicos regulares;
  • Manter uma dieta equilibrada;
  • Praticar exercícios físicos;
  • Evitar o uso exagerado de medicamentos corticosteroides.

“O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado e evitar danos irreversíveis ao nervo óptico”, conclui o especialista.

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