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Advogada superou a sindrome do pânico com treino de muay thai

A paulistana Nair Hababi, de 40 anos, encontrou no boxe, no muay thai e no jiu-jítsu a força para enfrentar a doença

Por Marina Oliveira (colaboradora)
Atualizado em 21 out 2024, 19h15 - Publicado em 26 dez 2015, 15h00
Arquivo Pessoal
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Tinha certeza de que morreria do coração. Dos 15 aos 18 anos, vivia no pronto-socorro porque sentia uma dor no peito frequente. Ainda não sabia, mas esse já era um sinal da minha depressão, que só foi diagnosticada aos 32 anos, após uma crise de síndrome do pânico. A partir daí, tinha medo de sair na rua. Não arriscava colocar o pé para fora do quarto porque temia ser atingida por uma bala perdida… dentro de casa! Meu marido, então, sugeriu que eu consultasse um psiquiatra.

 
Com a ajuda de medicamentos, melhorei por um tempo. Mas, vira e mexe, precisava aumentar a dose ou trocar o remédio por um mais forte porque ele deixava de fazer efeito. Cheguei a uma encruzilhada: queria ter o segundo filho, só que, para engravidar, precisava parar com o tratamento. A alternativa foi terapia e redução aos poucos da dose do remédio. Como me faltava autoconfiança, o médico indicou aulas de defesa pessoal. Assim, duas vezes por semana, eu treinava krav magá, uma técnica israelense de luta corpo a corpo, que fez o meu medo de violência diminuir bastante. Consegui ficar bem sem os medicamentos e engravidei novamente.
 
Só que, após o parto, tive dificuldades para perder peso. Foi quando descobri que o boxe queimava muitas calorias. Em seis meses, emagreci 8 quilos e conquistei um corpo definido. Depois, me interessei pelo muay thai e pelo jiu-jítsu. Hoje, treino cinco vezes por semana. Lutando, me sinto mais forte fisica e mentalmente. Acredito que sou capaz de superar qualquer desafio.”
 
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