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Enxaqueca crônica: o que é, quais são as causas e como tratar

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a condição, que acomete principalmente as mulheres, é um dos maiores motivos de absenteísmo no trabalho

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h43 - Publicado em 19 Maio 2023, 14h20
Enxaqueca crônica
 (tirachardz/Freepik)
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Nesta sexta-feira, 19 de maio, comemora-se o Dia Nacional do Combate à Cefaleia, um mal popularmente chamado de dor de cabeça. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia, 140 milhões de brasileiros são acometidos por esse problema, que é dividido em diversos tipos, sendo a enxaqueca um dos principais.

Tatiane Barros, neurologista, membro da Academia Brasileira de Neurologia e da Sociedade Brasileira de Cefaleia, conta que estudos mostram que a enxaqueca predomina entre as mulheres, especialmente devido a fatores hormonais e ao ciclo menstrual, que é um gatilho importante para as crises.

Quando as dores de cabeça fortes persistem por mais de 15 dias e duram por mais de 3 meses, o quadro pode ser considerado crônico. “A luz, o barulho e até alguns cheiros incomodam. A dor, por sua vez, pode vir acompanhada de mal-estar, tontura, náuseas e vômitos”, diz a especialista.

QUALIDADE DE VIDA COMPROMETIDA

Considerada uma das doenças neurológicas mais incapacitantes do mundo, a enxaqueca crônica provoca sintomas que podem atrapalhar as pessoas na realização de suas atividades diárias, comprometendo a vida familiar, social e profissional.

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As dores intensas levam os pacientes a terem mais gastos, uma vez que ocorre o aumento da procura por recursos de saúde, como consultas, exames, atendimento emergencial e internações hospitalares, como afirma a médica.

Apesar de ser mais comum em adultos até os 50 anos, a condição pode afetar pessoas de qualquer idade. “Muitos indivíduos conseguem estar no trabalho com enxaqueca, mas sem condições de produzir normalmente, por conta dos sintomas”.

CAUSAS

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Na maior parte dos casos, a enxaqueca crônica se desenvolve em razão de uma predisposição genética. Entretanto, vários gatilhos podem ser os responsáveis pelo surgimento das crises, entre eles, o estresse e a tensão. Para evitar essa complicação, é importante tomar alguns cuidados:

  • Evitar o consumo exagerado de chocolate, bebida alcoólica, alimentos processados e embutidos;
  • Ter uma alimentação rica em proteínas magras, frutas e vegetais;
  • Praticar exercício físico regularmente e técnicas de relaxamento (ioga, meditação e respiração profunda).

TRATAMENTO

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Mesmo que não exista uma cura para a enxaqueca crônica, ela pode ser controlada, diminuindo a frequência das crises e a intensidade dos sintomas.

A medida mais importante é procurar um neurologista, pois esse profissional poderá recomendar o tratamento mais apropriado, incluindo terapias preventivas que podem envolver a administração de injeções em diferentes regiões da cabeça com a intenção de relaxar a musculatura.

“A aplicação impede que os neurotransmissores levem os sinais de dor até o músculo, reduzindo a percepção pelo sistema central”, esclarece Dra. Tatiane, que também alerta a respeito dos riscos da automedicação e do uso indiscriminado de analgésicos.

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“Muitos pacientes de enxaqueca crônica trocam os tratamentos prescritos por medicamentos de fácil acesso – mas esses remédios, em excesso, também podem disparar episódios de enxaqueca“.

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