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É normal sentir dor em lesões já recuperadas? Veja 5 possíveis motivos

Fisioterapeuta destaca que, se forem negligenciadas, as lesões podem evoluir para um quadro de dor crônica, mesmo após recuperação

Por Ana Paula Ferreira
Atualizado em 21 out 2024, 17h39 - Publicado em 17 mar 2024, 10h00
Fisioterapeuta aponta possíveis motivos para as dores
Fisioterapeuta aponta possíveis motivos para as dores (drobotdean/Divulgação)
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São comuns os casos de pessoas que seguem sentindo dores no local de lesões já recuperadas. Essa experiência levanta questões sobre a completa recuperação de uma lesão. Por que isso acontece? Será que nunca nos recuperamos totalmente? Responder a essas perguntas, segundo o fisioterapeuta e diretor clínico do Instituto RV, Caio Marengoni, é complexo, pois diversos fatores estão em jogo, incluindo a natureza da lesão, a idade do indivíduo, a extensão do dano e a eficácia do tratamento.

De acordo com o profissional, na maioria dos casos, é possível alcançar uma recuperação completa. Contudo, não há uma resposta única devido à variedade de lesões e à influência da gravidade sobre o resultado. “Em casos de torções, quando o ligamento é apenas esticado, a cura geralmente é rápida. No entanto, se a lesão for parcial, com o ligamento esticando e rasgando ligeiramente, é fundamental adotar medidas para evitar a piora, o que reduziria as chances de uma recuperação total”, ele aponta.

Portanto, embora a persistência da dor após a recuperação de uma lesão possa ser desconcertante, é importante entender que o processo de cura é multifacetado varia de acordo com cada situação. Com o tratamento adequado e a devida atenção aos cuidados, é possível alcançar uma recuperação completa na maioria dos casos.

Possíveis motivos para dores em lesões já recuperadas

Embora o corpo seja notavelmente cicatrizado de tecidos danificados, alguns casos apresentam quadros mais complicados. Aqui estão alguns motivos pelos quais a dor pode persistir, segundo o fisioterapeuta.

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Inflamação residual: Mesmo após a cicatrização aparente, o corpo pode continuar a produzir substâncias inflamatórias na área afetada. Essa inflamação residual pode desencadear ou amplificar a percepção da dor, prolongando a sensação desconfortável.

Danos nos nervos: De acordo com Caio, as lesões mais graves podem resultar em danos nos nervos adjacentes à área afetada. Ou seja, mesmo que os tecidos se recuperem, os nervos podem continuar a enviar sinais de dor ao cérebro, criando uma sensação persistente de desconforto.

Alterações na sensibilidade nervosa: Após uma lesão, os nervos podem se tornar mais sensíveis, amplificando a percepção da dor. Esse fenômeno, conhecido como “sensibilização central”, pode fazer com que o corpo reaja exageradamente a estímulos que normalmente não seriam dolorosos.

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Fatores psicossociais: A dor é uma experiência complexa que pode ser influenciada por fatores emocionais e psicossociais. O estresse, a ansiedade e a depressão, muitas vezes associados à lesão e ao processo de recuperação, podem intensificar a percepção da dor e dificultar a sua resolução.

Desalinhamento estrutural: Em alguns casos, a lesão pode resultar em desalinhamentos estruturais sutis que afetam a biomecânica do corpo. Esses desequilíbrios podem sobrecarregar certas áreas, causando dor crônica mesmo após a recuperação inicial.

Por fim, Marengoni ressalta que entender por que a dor persiste após uma lesão é o primeiro passo para encontrar alívio “Se o paciente está lidando com dor persistente após uma lesão, ele não deve hesitar em procurar orientação médica. Com o diagnóstico correto e um plano de tratamento personalizado, é possível encontrar alívio e recuperar a qualidade de vida por completo”, conclui o fisioterapeuta.

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