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Cólica renal: dor intensa é confundida com dor abdominal ou lombar

A dor pode ser tão forte que chega a causar náuseas e vômitos

Por Cláudia Amoroso
Atualizado em 21 out 2024, 16h36 - Publicado em 18 jul 2022, 12h16
ciclo menstrual e treino
 (winsterphoto/Thinkstock/Getty Images)
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Já sentiu aquela dor intensa e não sabia identificar exatamente do onde vinha?

Muitas pessoas podem acreditar que estão com dor lombar ou abdominal, mas o problema pode ser renal, com presença até mesmo de cálculos na ureta.

“Quando o cálculo está localizado dentro dos rins, o paciente pode não apresentar sintoma nenhum e o diagnóstico ser feito por acaso, através de um exame de imagem abdominal como ultrassom ou tomografia. Quando o cálculo sai do rim e obstrui o canal urinário (ureter), ocorre a famosa cólica renal, um quadro de dor lombar intensa, de início súbito, com irradiação para a região lateral do abdome e frequentemente para a região genital. A dor pode ser tão forte que chega a causar náuseas e vômitos. Muitas vezes vem acompanhada de sangue na urina por lesão da via urinária provocada pela pedra”, explica a médica nefrologista Dra. Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira.

OUTROS SINTOMAS

Dentre os sintomas, os mais comuns são:

  • cólicas persistentes (mais que 72 horas de duração)
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  • ardência ao urinar,
  • sangue na urina,
  • sensação de bexiga cheia,
  • diarreia,
  • infecções urinárias,
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  • suspensão ou diminuição do fluxo de urina.

“Como os sintomas podem ser confundidos com outras condições clínicas abdominais, a avaliação médica é fundamental”, completa a médica.

1 EM CADA 10 PESSOAS TERÁ CÁLCULO RENAL

De acordo com a nefrologista, o cálculo renal é uma condição muito prevalente. “Uma em cada dez pessoas ao longo da vida pode ter cálculo renal. Além disso, doenças e condições muito atuais como obesidade, pressão alta e diabetes são fatores de risco para a sua formação”.

“Os cálculos tendem sempre a se repetir. O paciente pode necessitar de diversas intervenções cirúrgicas e internações, reduzindo sua qualidade de vida, levando ao absenteísmo no trabalho e até a quadros de dor crônica, quando os cálculos não são devidamente tratados/ investigados”, afirma a especialista.

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A médica destaca que, caso não seja tratada corretamente, em 5 anos haverá 50% de chance de o paciente voltar a ter cálculos renais, com nova dor e sintomas relacionados à passagem da pedra pelo trato urinário, até a obstrução do rim, que requer cirurgia de urgência.

COMO EVITAR O CÁLCULO RENAL

Dentre as orientações e medidas para evitar a formação de cálculos renais, a médica destaca:

  • a perda de peso, que pode ajudar na prevenção de pedras, além de reduzir o risco de desenvolver hipertensão e diabetes;
  • suspender o uso de qualquer medicamento que estimule a formação de cálculos;
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  • uma dieta adequada, que é fundamental na prevenção dos cálculos, pois a composição da urina está diretamente relacionada com a alimentação.

“Hábitos alimentares saudáveis são recomendados, com a ingestão de no mínimo de 2,5 a 3,0 litros de líquidos por dia, de preferência água e sucos naturais – e não consumir sucos artificiais ou refrigerantes; usar pouco sal no preparo dos alimentos e evitar os que já são salgados; preferir temperos naturais para dar sabor à comida (alho, cebola, salsinha, cebolinha, coentro, limão ou outros de sua preferência); evitar embutidos (temperos e molhos prontos, enlatados, conservas, queijos amarelos, sopas de pacote e macarrão instantâneo, carnes salgadas, salgadinhos para aperitivos, bolachas salgadas ou doces recheadas, margarina ou manteiga com sal, requeijão normal ou light, maionese pronta, patês)”, explica a nefrologista.

“O paciente deve se atentar aos alimentos ricos em oxalato, como café, achocolatados, chá preto, mate ou verde, chocolate, espinafre, nozes e amendoim. Essa substância favorece a formação de cálculos quando consumida em excesso”, explica a médica.

 

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