Apresentador sofre ataque de pânico ao vivo: o que fazer se acontecer?
Profissionais apontam os sintomas mais comuns e o que fazer diante de uma crise
O jornalista e meteorologista Nate Byrne precisou interromper sua participação ao vivo no ABC News Breakfest, da Austrália, ao perceber que estava começando a sofrer um ataque de pânico. Diante dos primeiros sinais da crise, o profissional rapidamente comunicou ao público que não estava se sentindo bem e passou a apresentação para sua colega de trabalho, Lisa Millar.
“Na verdade, vou precisar dar uma parada por um segundo. Alguns de vocês sabem que ocasionalmente sou afetado por ataques de pânico e isso está acontecendo agora. Lisa, talvez eu possa voltar para você”, ele declarou, antes que a imagem voltasse para a comunicadora.
Passados alguns minutos, no entanto, Byrne conseguiu se recuperar e voltou ao ar, afirmando já estar mais calmo e recuperado. “Peço desculpas se dei um susto em alguém”, completou.
Ataque de pânico: causas e sintomas
O episódio, que se tornou assunto na imprensa internacional, levantou a importância de conhecer os sintomas do ataque de pânico, assim como as melhores maneiras de controlar e sair da crise.
De acordo com a psicóloga Leticia de Oliveira, o ataque de pânico acontece em uma situação na qual a pessoa tem uma sensação de um perigo iminente. “A pessoa sente como se, de fato, estivesse morrendo. Toda a parte fisiológica responde como se ela estivesse realmente diante de um ataque cardíaco ou de um momento de fuga, por exemplo”, explica.
Segundo ela, todos os nossos instintos mais primitivos são acionados nesse momento. O coração dispara, há falta de ar, tem sensação de desmaio, formigamento nos braços e nas pernas e visão turva.
Os sintomas mais comuns de um ataque de pânico são:
- Taquicardia;
- Formigamento nas mãos e nos pés;
- Visão turva;
- Sensação de desmaio;
- Falta de ar.
O que fazer durante uma crise?
Leticia explica que, depois de aproximadamente 15 a 30 minutos, as sensações causadas pelo ataque de pânico tendem a diminuir de forma natural. No entanto, certas técnicas de respiração podem ser indicadas por profissionais para ajudar a aliviar o ataque de pânico. “Vale lembrar que existem casos nos quais é fundamental procurar um atendimento médico de emergência”, ressalta a profissional.
E quanto à síndrome do pânico?
Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT, explica que a síndrome do pânico é um transtorno psiquiátrico que está relacionado a ataques de pânico recorrentes, “A pessoa tem surtos, descontroles ou crises que podem ser esperados e/ou inesperados, a depender de sua condição atual e história de vida. Há a sensação de medo, ansiedade, desespero e desconforto intensos”, aponta.
As causas são multifatoriais e não totalmente esclarecidas. “Discute-se a influência genética, estresse agudo, uso e abuso de drogas licitas e ilícitas, além de variáveis ambientais, tais como: situações de abuso (físico, emocional, sexual…), história marcada por situações frequentes de invalidação e punição e dificuldade de regulação emocional”, conclui ele.