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Antidepressivos e ansiolíticos sem orientação médica: quais são os riscos?

Psiquiatra alerta sobre os perigos de ingerir esse tipo de medicamento sem a orientação de um profissional

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 16h48 - Publicado em 26 jan 2023, 15h10
Pessoa segurando um copo de água e um remédio
A automedicação envolve uma série de perigos | (Ron Lach/Pexels)
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Segundo um estudo feito pela Funcional Health Tec, os medicamentos que controlam a ansiedade, como antidepressivos e ansiolíticos, fazem parte de uma lista dos mais consumidos do Brasil. Além disso, a pesquisa também pontua que as mulheres na faixa dos 40 anos são as que mais utilizam os remédios, que só devem ser comercializados com receita médica.

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) realizou um levantamento que mostrou que, durante a pandemia da Covid-19, em 2020, ocorreu um aumento de cerca de 14% nas vendas de antidepressivos e estabilizantes de humor, utilizados para casos de ansiedade, compulsão alimentar, depressão, transtorno afetivo bipolar e para outras condições.

A pesquisa informa que, no Brasil, o número de unidades desse tipo de droga vendidas entre janeiro e julho de 2019 aumentou de 56,3 milhões para 64,1 em comparação com o mesmo período de 2020.

Apesar da burocracia para a compra desse tipo de medicamento, muitas pessoas os utilizam sem orientação médica e sem necessidade, o que, de acordo com Sérgio Rocha, médico psiquiatra e diretor da Clínica Revitalis, é extremamente perigoso.

“É necessário ter cuidado ao fazer uso de qualquer tipo de remédio, até mesmo aqueles que parecem ‘inofensivos’, mas quando falamos de antidepressivos, o cuidado deve ser intensificado”, alerta o especialista

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Ele conta que há quem tome esses remédios para conseguir dormir durante uma viagem, por exemplo, ou para diminuir o apetite. “Na maioria das vezes, essas pessoas estão apenas expondo sua própria saúde sem nenhuma necessidade”, completa.

Riscos

Assim como qualquer outro remédio, os antidepressivos e ansiolíticos podem provocar efeitos colaterais que geram desconfortos físicos e problemas ainda mais graves, que podem exigir a hospitalização.

Entre os principais efeitos colaterais desses tipos de medicamentos estão: taquicardia, disfunção sexual e reações anticolinérgicas. “Mesmo os medicamentos mais modernos ainda possuem alguns efeitos, como problemas gastrointestinais, alterações no sono, nível de energia e cefaleia“, ressalta o Dr. Sérgio.

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Outra consequência que esses medicamentos podem causar é a dependência, sendo que, com orientação médica, a retirada da droga é feita da forma correta.

O psiquiatra afirma que, para realizar o “desmame” do remédio, é necessário avaliar o caso de cada paciente, o que apenas um profissional consegue fazer adequadamente.

Ainda de acordo com o especialista, existem vários tipos de remédios para o mesmo problema, e passar em uma consulta com um especialista é indispensável para que o paciente encontre a medicação e a dosagem que ele consiga se adaptar.

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“É por isso que é sempre importante consultar um médico. Com tantos medicamentos disponíveis, apenas um profissional pode indicar qual é o mais adequado para cada situação e também pode orientar o paciente caso surja algum efeito colateral mais grave”, conclui.

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