Alergia ao sol: saiba o que é, quais os sintomas e como evitar
Médico lista os cuidados que você deve ter para proteger a sua pele contra as crises da alergia ao sol
Apesar das alergias alimentares ou respiratórias serem mais conhecidas, não podemos esquecer que diversos outros fatores podem desencadear esse problema de saúde, e um deles é a radiação solar. Conhecida como fotossensibilidade, intolerância solar ou simplesmente alergia ao sol, a condição se dá quando o nosso sistema imunológico identifica a luz solar como uma ameaça, liberando substâncias para combatê-la. Seus sintomas envolvem erupção cutânea, coceira, vermelhidão, descamação, bolhas e inflamação.
“As reações podem se manifestar de imediato, em geral, até 30 minutos de exposição ao sol, ou de forma tardia, podendo demorar até dias”, explica o Dr. Mário Abatemarco, farmacêutico e professor de cosmetologia, especialista da Farmácia Artesanal, um dos maiores grupos de franquias de farmácias de manipulação do Brasil.
Causas
Algumas doenças, entre elas, lúpus e porfirias, podem ampliar a sensibilidade cutânea à luz solar, contribuindo para o surgimento desse tipo de alergia. Além disso, a ingestão ou aplicação de determinadas substâncias na pele, por exemplo, medicamentos ou cosméticos, também podem originar o problema, assim como fatores genéticos.
“Várias classes de medicamentos podem tornar a pele mais sensível ao sol, dentre os quais podemos citar os antibióticos tetraciclina e doxiciclina, utilizados no tratamento da acne, alguns ansiolíticos como o alprazolam e o clordiazepóxido, a furosemida, utilizada por muitas pessoas para o tratamento da hipertensão e muitos outros mais”, aponta Abatemarco.
O tipo mais comum de fotossensibilidade é chamada erupção polimórfica à luz e afeta entre 10% e 20% da população, sendo mais comum em mulheres. Os sintomas surgem algumas horas após a exposição solar e incluem nódulos em áreas vermelhas e inchadas que podem permanecer por até uma semana.
Já a urticária solar é um pouco mais rara e aparece imediatamente após o contato com raios solares ou determinadas fontes artificiais de luz. Normalmente, as erupções desaparecem após minutos ou horas assim que a pessoa cessa a exposição ao sol. Porém, em casos mais raros, outros desconfortos podem se manifestar, por exemplo, náusea, dor de cabeça e vômito.
Quando se preocupar?
Se você estiver com sintomas intensos ou persistentes, o melhor a se fazer é recorrer a um dermatologista, que observará as lesões e poderá solicitar alguns testes adicionais com luz ultravioleta para determinar o diagnóstico correto.
“Não existem exames específicos para detectar reações de fotossensibilidade. O médico suspeita dessas doenças quando surge uma erupção cutânea apenas nas zonas expostas ao sol. Uma meticulosa análise do histórico médico da pessoa, dos sintomas cutâneos, eventuais doenças, dos medicamentos tomados por via oral ou de substâncias aplicadas na pele podem ajudar o médico a definir o tipo e a causa da reação de fotossensibilidade” destaca o especialista.
Em situações nas quais ocorre a confirmação da alergia ao sol, o dermatologista definirá o tratamento mais adequado para o paciente. Muitas vezes, cuidados como hidratar a pele, usar protetor e evitar a exposição solar, especialmente entre 10h e 16, podem ser o suficiente para fazer os sintomas desaparecerem. Roupas que cubram o corpo todo também podem ajudar a preveinr as crises. Apesar disso, dependendo da gravidade do quadro, podem ser necessários antialérgicos ou até mesmo fototerapia.
Como evitar a alergia ao sol?
A seguir, você confere dicas valiosas para evitar a alergia ao sol. É importante lembrar que elas valem para qualquer pessoa, porém devem ser seguidas muito mais à risca por quem sofre com reações de fotossensibilidade:
- Hidratar a pele frequentemente, tanto por meio de cremes quanto ingestão de água;
- Aplicar um protetor solar FPS 60 ou superior todos os dias e em todas as partes do corpo;
- Utilizar acessórios como chapéus, bonés, óculos e roupas com proteção UV.