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5 motivos pelos quais adolescentes devem ir ao ginecologista

Médica enfatiza a importância das adolescentes manterem consultas ginecológicas regulares

Por Juliany Rodrigues
Atualizado em 21 out 2024, 17h39 - Publicado em 26 mar 2024, 15h30
adolescente deve passar no ginecologista
Adolescentes devem sim ir ao ginecologista. Entenda! | (javi_indy/Freepik)
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Em 2021, a ONG Plan International Brasil lançou a pesquisa “Por ser menina”, realizada com jovens de 14 a 19 anos. Os resultados mostraram que duas em cada três adolescentes nunca foram ao ginecologista e que, entre as meninas que já tiveram a primeira menstruação, 70% nunca foram em uma consulta com o especialista.

Dra. Helena Belique, ginecologista da Associação da Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil, avalia que vários motivos podem contribuir para esses números alarmantes, entre eles, tabus, questões socioeconômicas, vergonha e falta de confiança.

“A adolescente precisa de um vínculo com um outro médico que não seja o pediatra e, ao procurar um ginecologista, ela vai receber orientações sobre as mudanças do corpo, menstruação, higiene íntima e sexualidade. Além disso, também vai ter um especialista para confiar e desenvolver uma ótima saúde”, enfatiza.

Desde a menarca até além da menopausa, esse profissional de saúde é capaz de ajudar as mulheres a entenderem melhor sobre seu aparelho reprodutivo. Cabe a ele realizar diagnósticos precoces de doenças como câncer de colo uterino, câncer de mama, endometriose e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).

A seguir, entenda 5 razões pelas quais é tão importante que adolescentes mantenham suas consultas ginecológicas em dia.

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1

Acompanhamento dos ciclos menstruais

Segundo a Dra. Helena, nos primeiros 3 anos após a menarca, é normal que as adolescentes tenham ciclos menstruais totalmente irregulares, desde que estes não provoquem problemas como anemia ou outros sintomas graves.

A ajuda de um ginecologista é imprescindível para que as adolescentes aprendam a monitorar seus ciclos desde o início, facilitando o entendimento do seu próprio corpo e a identificação de qualquer alteração que possa indicar condições de saúde.

2

 

Compreensão das mudanças corporais

As mudanças da puberdade são consideradas normais quando começam após os 8 anos de idade, com o aparecimento de botão mamário, seguido de pelos, aumento do crescimento em altura, nova distribuição da gordura e, por fim, a primeira menstruação.

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O acompanhamento ginecológico é fundamental para garantir orientações e esclarecimentos adequados sobre essas transformações, proporcionando uma transição saudável para a vida adulta.

3

Detecção da endometriose

A endometriose é uma condição que acomete 1 em cada 10 mulheres no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, e que pode ter seu desenvolvimento assim que a menina começa a menstruar. Seus sintomas incluem cólicas intensas, dor pélvica crônica, dispareunia (dor durante a relação sexual), sangramento irregular, fadiga e problemas gastrointestinais.

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Consultar um ginecologista garante que o diagnóstico aconteça o mais rápido possível, contribuindo para o gerenciamento dos sintomas e para um tratamento mais eficaz.

4

Prevenção de ISTs

A adolescência é a fase em que muitas mulheres começam as suas atividades sexuais e, nesse momento, é ainda mais importante que elas tenham acesso à informações relacionadas à saúde reprodutiva.

Ir ao ginecologista é necessário para que elas tenham conhecimento sobre como se protegerem contra as infecções sexualmente transmissíveis, com o uso de caminha e a vacina do HPV, e sobre métodos contraceptivos.

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5

 

Orientação sobre métodos anticoncepcionais

Diante da variedade de métodos contraceptivos disponíveis, um ginecologista pode ajudar as adolescentes a encontrarem o melhor para elas, explicando sobre o funcionamento, a eficácia e os efeitos colaterais de cada um.

“A contracepção pode e deve ser iniciada tão logo a adolescente iniciar a vida sexual. A escolha do método contraceptivo deve ser feita em conjunto com a menina e não há necessidade de autorização de responsável, desde que não haja suspeita de violência sexual ou risco de vida para a mesma”, conclui a Dra. Helena.

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