Óleo de coco: polêmica vai mudar o jeito que você usa o produto
Ainda não existe um consenso sobre o poder terapêutico do alimento extraído da polpa do coco. Por isso, moderar na dose é a melhor medida
Esta semana foi a vez da Associação Brasileira de Nutrição (Abran) apresentar um posicionamento oficial contra a indicação do óleo de coco para a perda de peso. As justificativas são as mesmas divulgadas no ano passado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) e da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO): faltam evidências científicas comprovando o poder do alimento em acelerar a queima da gordura corporal.
O uso regular do óleo de coco em substituição ao óleo de cozinha (soja, milho, girassol) também não é recomendado pelos profissionais das três instituições. O alto teor de gordura saturada presente no alimento poderia elevar os níveis do colesterol LDL (o ruim) e, com isso, colocar em perigo a saúde do coração.
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Os nutricionistas que defendem o óleo de coco concordam que existe o risco de não ser benéfico à saúde quando consumido em excesso – assim como qualquer alimento. Por isso, a importância dele ser prescrito de maneira individualizada (nem todo organismo responde bem ao óleo) e moderada – no máximo 1 colher de sopa por dia e, ainda, em momentos estratégicos. No pré-treino, por exemplo, funciona como fonte de energia rápida.
Você prefere usar o óleo de coco no preparo de receitas como bolo, panqueca e torta para aumentar a saciedade? De novo, moderação é a palavra de ordem. “Em uma assadeira média de legumes (abóbora, berinjela, mandioquinha, abobrinha) que serão levados ao forno para assar, sugiro misturar apenas 1 colher (sopa) de óleo de coco líquido”, diz a nutricionista e esteticista Sheila Mustafá, de São Paulo.