“Apesar de ter nascido um bebê bem grande, com cinco quilos, fui muito magrinha até meus 18 anos. Sou de Santos, litoral de São Paulo, e me mudei para a capital na época da faculdade. A rotina puxada de estudo e trabalho, sem tempo para a malhação, fez com que eu começasse a engordar. Comia errado (muita comida pronta, como massa e parmegiana) e fora de hora.
Quando eu tinha uns 25 anos, comecei a tomar sibutramina e emagrecei bastante. Em contrapartida, tive problema com sono, alteração do humor e irritação. Pouco tempo depois, sofri com o efeito rebote e recuperei os quilos perdidos. Fiquei nessa briga com a balança por uns cinco anos. Chegava a um peso de conforto e desencanava.
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Aos 30 anos, cheguei aos 89 kg – meu peso máximo. Perdi meu emprego e voltei para a casa dos meus pais para trabalhar no negócio da família. De volta a Santos, minha mãe comentou que existia o projeto “Dieta Vitória”, uma espécie de Vigilantes do Peso que ajudava pessoas a emagrecer. Como eu não tinha nada a perder, resolvi participar. Comecei a seguir um cardápio low carb, fazia acompanhamento nutricional e psicológico e não perdia uma reunião.
O começo foi bem difícil. Precisava cozinhar praticamente todas as refeições, pois quase nenhum industrializado era permitido na dieta. A dificuldade era a falta de prática na cozinha, organização das marmitas da semana e achar os ingredientes.
Foi quando comecei a seguir a coach Carol Ferrera na rede social Snapchat e encontrei motivação extra para continuar firme e forte no projeto. Ela lança alguns desafios na internet, como o #ChataDeGostosa. Todo dia, Carol manda uma tarefa por e-mail que a gente precisa realizar (montar uma caixinha da autoconfiança para escrever as barreiras ultrapassadas no dia, postar fotos no Instagram, utilizar a hashtag…), tudo para atingir nosso objetivo que, no meu caso, era pular sete ondinhas no Ano Novo de hot pants branca e top.
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Com o desafio, comecei a correr e a fazer treino HIIT (High Intensity Interval Training, em inglês) em casa. Mas ainda não me matriculei na academia. Na verdade, busquei ajuda profissional e sai um pouco da “clandestinidade” do emagrecimento feito pela internet.
Aos poucos, percebi que tudo começa a funcionar melhor. É um processo de reeducação de vida. Demorei muito para acertar as receitas, encontrar os alimentos de que eu mais gostava, jaquei algumas vezes… Mas faz parte! Depois, você pega o ritmo da deita de novo.
Meu processo de emagrecimento ainda não terminou, só que estou quase lá. Já foram 25 quilos eliminados em 11 meses, mas ainda terei meu tempo de manutenção. A mensagem que eu gostaria de deixar é: ‘Se amem, se aceitem e agradeçam o corpo que têm, do jeitinho que ele é’”.