As pessoas costumam achar que todo atleta tem facilidade em manter a forma. Eu também pensava assim. Como praticava vôlei desde criança, demorei muito tempo para perceber que, por mais que as corridas em volta do ginásio e as subidas na arquibancada tivessem alto gasto energético, nada disso compensava as péssimas escolhas que eu fazia à mesa – chocolate, frituras e refrigerantes estavam no meu cardápio com frequência.
Só que, por causa da minha altura, a gordura era bem distribuída e eu aparentava ser magra, o que não passava de uma falsa impressão. Aos 19 anos, consegui uma bolsa de estudos em uma universidade nos Estados Unidos e me mudei para lá. Logo comecei a seguir o estilo de vida americano: comidas baratas e nada saudáveis. Até o café da manhã eu comprava em uma rede de fast-food.
Claro que assim nem as três horas diárias de treino, seis vezes por semana, foram suficientes para manter meu peso. Em um semestre, eu já havia engordado 8 quilos. Cada lanche era uma bomba de calorias sem nenhum nutriente. Mas é difícil sair do automático quando as pessoas à sua volta também optam por hambúrgueres, panquecas e batatas fritas. Viajávamos bastante para jogar em outras cidades e, nesses momentos, o mais fácil era comprar uma pizza para comer no ônibus. Como vivia de short de Lycra e moletom, não percebia as medidas aumentando.
Até que cheguei a um ponto em que mesmo com roupa confortável já dava para notar os quilinhos a mais. Quando, finalmente, enxerguei a mudança no meu corpo, apelei para remédios que prometiam eliminar a gordura ingerida. O resultado só podia ser o famoso efeito sanfona, né? Depois, tentei a dieta da proteína: peito de peru, queijo, ovo… Mas eu não tinha noção de quais alimentos eram saudáveis de verdade e sentia tanta dor de cabeça que logo desisti desse cardápio.
Já ouviu falar que a chance de ter sucesso em um objetivo aumenta se você traça uma meta realista? A seis meses do meu casamento, em julho de 2013, decidi que me sentiria linda dentro do vestido. Não estipulei quanto queria emagrecer porque, para mim, o importante era que eu me sentisse bem.
Foi só então que comecei a pesquisar sobre os benefícios de cada alimento. Os biscoitos recheados foram trocados, aos poucos, por barras de chocolate com maior porcentagem de cacau – hoje, adoro a com 85% – e pasta de amendoim. Já o açúcar no café foi diminuindo a cada dia e o arroz integral passou a receber a companhia de cenoura ralada e abobrinha. Nos Estados Unidos, recebia a orientação de uma educadora física do Brasil, via internet. Entrei em uma academia (já não jogava mais vôlei) e comecei a praticar kickboxing, spinning e musculação.
Sempre gostei de esportes, mas pensar no casamento é o que me ajudava a superar a neve às 5 da manhã. Andava com marmitas para cima e para baixo: levava para o trabalho iogurte, castanhas, maçã e, assim, ficava longe das opções do passado. Parece esforço demais, mas só demorava 20 minutos no domingo para preparar as refeições da semana toda. Já deixava o frango desfiado pronto na geladeira para montar um sanduíche nas noites em que chegava tarde em casa.
Tenho amigas que não podem mais ver atum e ricota de tanto tempo que ficaram comendo só isso. [risos] Daí por que estou sempre caçando novas receitas. Variar os pratos é fundamental! No dia da cerimônia, que aconteceu aqui no Brasil, sequei do jeito que queria, aproximadamente 9 quilos. Hoje, ainda moro nos Estados Unidos, mas agora tenho outra mentalidade e não vou me render ao que é mais fácil.”
RECEITA DE PANQUECA DE BANANA COM AVEIA DA SHEINA
INGREDIENTES
• 5 col. (sopa) de farelo de aveia
• 1/2 copo de leite desnatado
• 1 ovo
• 1 col. (sopa) de chia
• 1 banana amassada
• canela a gosto
MODO DE FAZER
Misture tudo com um garfo ou um mixer e transfira para a frigideira já untada com óleo de coco. Deixe no fogo alto por 1 minuto e vire para dourar o outro lado por mais 40 segundos.
Corrida e flacidez: o que dizem os dermatologistas sobre os efeitos na pele do rosto
