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Alimentação eco-friendly: faz bem pra você e para o planeta

Com pequenas mudanças, você também pode ajudar o meio ambiente

Por Amanda Panteri
Atualizado em 21 out 2024, 16h31 - Publicado em 16 set 2020, 15h00
Prato vegetariano: Alimentação eco-friendly
 (Foxys_forest_manufacture/Thinkstock/Getty Images)
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Recentemente, um estudo feito com millennials americanos — pessoas nascidas entre 1980 e 1990 — constatou que 57% deles seguem uma dieta especial. Destes, 44% o fazem porque é melhor para o meio ambiente, ou seja, têm uma alimentação eco-friendly, enquanto 37% dizem que é mais ético. Realizada pela produtora de alimentos vegetarianos e vegetais Sweet Earth Foods, e conduzida pela OnePoll, a pesquisa apontou que os jovens estão cada vez mais preocupados em se alimentar bem e conscientes dos impactos que seu estilo de vida causa na comunidade como um tudo. E, com as atuais queimadas na Amazônia e Pantanal, aqui no Brasil, a busca por meios de ajudar aumentou ainda mais.

De acordo com os resultados da pesquisa sobre alimentação, os entrevistados têm como principais prioridades: o custo (48%), os nutrientes (46%) e a ausência de aditivos artificiais em seus alimentos (40%). Em seguida, vem a busca por alimentos orgânicos (39%) e refeições com base em vegetais (37%). E não é preciso ser muito radical para ajudar o planeta, sabia? Com alguns pequenos hábitos, dá sim para ter um cardápio muito mais ecológico. Confira: 

COMO TER UMA ALIMENTAÇÃO ECO-FRIENDLY

1. Adote a #SegundaSemCarne! 

Sim, a carne ainda prejudica bastante a Terra. É só lembrarmos das recentes queimadas na Amazônia, que estavam intimamente ligadas com a criação de pasto para a pecuária. E para você ter uma ideia, um único boi consome até 60 litros de água e 14 quilos de comida por dia, o que poderia muito bem ser destinado a outros fins. 

Contudo, se você ainda não consegue abrir mão da proteína de origem animal, pode ir aos poucos. Vale pesquisar sobre movimentos como a #segundasemcarne, que preza a diminuição do consumo do alimento e incentiva que você adote um cardápio vegetariano por um dia na semana. “É importante também evitar exageros. Como repensar seu prato em churrascarias”, aconselha o nutricionista Matheus Motta, do Vigilantes do Peso.

Confira aqui algumas dicas para ter uma dieta vegana gastando pouco. E, abaixo, algumas receitas para sair da mesmice! Veja: 

2. Compre menos embalagens

Os benefícios de trocar o supermercado pelas feiras são inúmeros. Primeiro, você leva menos sacolas plásticas para casa — que demoram muito tempo para se decompor no meio ambiente, poluem oceanos e rios e podem ser confundidas por algas pelos animais marinhos, causando mortes. Aproximadamente 1,5 bilhão desses produtos são consumidos por dia. E para que contribuir com mais, não é mesmo? Foi por isso que muitos estados brasileiros (como Belo Horizonte e Rio de Janeiro) já proibiram o uso das mesmas. 

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“Frutas e verduras, como é o caso da banana, já tem as suas proteções, que são as cascas. Então não precisam de embalagens, que só geram mais lixo. Leve a própria sacola reutilizável em feiras”, diz o nutricionista. Além disso, os vegetais são mais fresquinhos e geralmente mais baratos também. 

3. Vá de orgânico

Ano passado, uma quantidade muito grande de agrotóxicos foi liberada para o uso aqui no Brasil (mais especificamente 474 novos produtos, o maior número em 14 anos). “E muitos deles são proibidos na Europa por fazerem mal à saúde e estarem relacionados ao aparecimento de câncer”, explica Matheus Motta. 

Ou seja, comprar alimentos orgânicos pode fazer um bem danado para o seu corpo. Mas não só isso. As substâncias químicas utilizadas para prevenir pragas e insetos são tóxicos para o solo e poluem os lençóis freáticos. “Além disso, quando você aposta nos orgânicos, está estimulando a economia local e os pequenos produtores.” 

4. Priorize frutas e verduras da estação

Você já parou para pensar que as frutas, verduras e legumes que come não nascem naturalmente o ano todo, mas só em algumas épocas? Então por que encontramos eles todos os meses no mercado? “Devido à grande quantidade de sementes transgênicas, com fertilizantes e agrotóxicos. A tecnologia que permite com que haja oferta de certos tipos de alimentos o ano todo acaba com o solo”, explica o especialista. 

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Por isso, preste atenção no que é típico desta estação, e priorize. Fazer isso estimula o mercado a respeitar o ciclo de vida da natureza. Sem contar que economiza um dinheiro — esses alimentos costumam ser mais baratos. 

5. Aproveite mais as cascas

Muito do que estamos acostumadas a jogar fora pode ser aproveitado e não virar lixo. “Desde a banana até legumes. Chuchu e cenoura, por exemplo, podem ser preparados com a casca, desde que higienizados corretamente”, ensina Matheus. Ele afirma ainda que como a casca é a primeira proteção da fruta ou verdura, ela acaba concentrando naturalmente alguns nutrientes essenciais para o organismo. 

Pense também no seu cardápio previamente, de forma a evitar desperdícios. “Planeje as refeições e vá com mais frequência à feira, ao invés de ir apenas uma vez por mês. Assim, você não deixa o alimento estragar na geladeira.”

Se você perceber que algo está a ponto de estragar, vale preparar um caldo. “Legumes, carne, frango e partes do peixe que a gente não come podem ir para a panela com água. Basta deixar ferver por um bom período de tempo, coar, e colocar o líquido em forminhas de gelo. Você terá caldos para temperar seus pratos com muito menos sódio e conservantes do que aqueles industrializados”, diz o nutricionista. 

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6. Plante em casa!

Além de serem ótimos itens de decoração, as hortinhas caseiras trazem um verde a mais para o meio ambiente e diminuem seu consumo de temperos e molhos prontos. “Quem tiver a oportunidade de montar e cuidar de um jardim ou horta no bairro, melhor ainda. É preciso incentivar a consciência ambiental nas pessoas.”

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