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Saúde sem estresse, por Regina Chamon

Regina Chamon une a medicina com as práticas de bem-estar para te inspirar a cultivar corpo, mente e coração mais saudáveis
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Para banir o estresse, PIRE!

Por Regina Chamon
Atualizado em 21 out 2024, 22h27 - Publicado em 29 nov 2022, 12h24
estresse
 (Pedro Figueras/Pexels)
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Estava me sentindo completamente presa, travada e impotente. Por onde olhava havia um mar de carros e as gotas pingavam incessante e rapidamente no para-brisa. Eu havia saído mais cedo exatamente para evitar esse transtorno e àquele ponto já tinha ouvido podcast, música, respondido mensagens e tomado toda a garrafa de 1 litro de água que trouxera por precaução.

Senti minha respiração encurtando e os músculos do rosto e pescoço ficando tensos. Esses são os sinais de que o estresse está se entranhando no meu sistema. A cabeça foi acelerando ao ponto da loucura! Lembrei então de um acrônimo que eu havia aprendido sobre os componentes de uma situação que fazem com que ela provoque estresse em nós. Em inglês a palavra NUTS, entre várias coisas, significa “louco”.

É isso: as coisas que provocam o estresse no sistema, são aquelas que nos deixam um tanto loucos!

N-ovelty (novidade)
U-npredictability (imprevisibilidade)

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T-hreat to ego (ameaça a personalidade)
S-ense of low control (senso de baixo controle)

Ok, esse NUTS não ficou muito fácil de lembrar, não é? Vamos tentar de outro jeito e abrasileirar isso. Que tal BANI?

B-aixo controle

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A-meaça à personalidade
N-ovidade
I-mprevisibilidade

Quando nos percebemos em situações em que um ou mais destes ingredientes estão presentes é receita certa para o sucesso, ou melhor, para o estresse! Ali, presa no trânsito, fui notando que estava me sentindo com baixo – ou nenhum- senso de controle, o tempo que eu ainda ficaria ali era imprevisível, já que a cada segundo o GPS aumentava em 2 minutos o tempo de chegada ao meu destino, e senti minha personalidade ameaçada sim, no sentido de “o que vão pensar de mim quando eu chegar totalmente atrasada para as consultas?”.

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É fato que não havia muita solução para o meu problema naquele instante. Não, não dava para fazer como Moisés e abrir caminho naquele mar de veículos. Mas o simples fato de rastrear os componentes da minha tensão ajudaram a organizar a loucura que se formava dentro da minha cabeça e lembrei de outro acrônimo que criei para sair deste ciclo vicioso do estresse:

P-are
I-nspire
R-eflita

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E-scolha

Foi o que fiz! Pirei:

  • parei alguns segundos e aceitei o que eu não podia mudar (veja que aceitar não é gostar, mas reconhecer o fato como ele é). O trânsito estava ali e eu estava presa nele;
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  • fiz algumas respirações profundas e reduzi as alterações de estresse que se instalavam no meu sistema e não estavam me ajudando naquele momento;
  • o que me permitiu refletir sobre quais ações estavam no meu controle, o que eu podia fazer naquele instante. Ou seja, pensei racionalmente e não tomada pela emoção;
  • então eu escolhi o que fazer, liguei avisando que iria sim atrasar. Essa informação poderia minimizar o impacto nas pessoas que estariam me esperando (elas poderiam chegar mais tarde também ou se organizarem para vir outro dia)

Esse dia me fez refletir um tanto e aqui vai minha sugestão para você: quando estiver à beira da loucura, reconheça que precisa BANIr o estresse e PIRE!

PS1.: Nessa situação em especial não havia novidade nenhuma – quem vive em São Paulo com certeza não considera o trânsito algo novo, mas para você entender esse componente da novidade, imagina uma situação que foi totalmente nova para você – teve uma pitadinha de estresse, não teve?

PS2.: Se você for bom de acrônimos e encontrar um que fique melhor que BANI, me manda lá no Instagram @drasanguebom ou no e-mail (contato@reginachamon.com)?

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