Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Imagem Blog

Saúde sem estresse, por Regina Chamon

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Regina Chamon une a medicina com as práticas de bem-estar para te inspirar a cultivar corpo, mente e coração mais saudáveis

Comer para não surtar

Por Regina Chamon
12 set 2023, 14h25 • Atualizado em 21 out 2024, 22h28
.
 (freepik.diller/Freepik)
Continua após publicidade
  • Sou cafezista! Esses dias aprendi que este é o adjetivo para pessoas que gostam muito de café. O cheiro do pó sendo moído, a sensação acolhedora da fumaça enquanto passa pelo filtro, o sabor forte. Gosto sem adoçar mesmo.

    Além de uma paixão, o café também funciona como um sinal de alerta para mim. Quando perco o freio e entro em uma espiral de estresse e sobrecarga, um importante alarme é o número de xícaras que passo a tomar, uma atrás da outra, sem sentir o cheiro ou apreciar o gosto.

    Alimento, assim como tudo na vida, é informação para nosso cérebro. Quando nos comemos com os nutrientes que o corpo precisa, o cérebro entende que estamos seguros e mantém o organismo funcionando em equilíbrio. Por outro lado, se colocamos para dentro muita comida mas pouco nutriente, um alerta soa lá dentro da cabeça e o corpo todo passa a funcionar no esquema de ameaça – luta ou fuga, também conhecido como resposta de estresse.

    Siga

    Não sei você, mas quando eu estou estressada ou ansiosa, eu não vou na cozinha comer um brócolis! Eu ataco mesmo é um monte de brigadeiro, além do café.

    brócolis ou brigadeiro
    Qual sua escolha quando o estresse bate? (./Freepik)
    Continua após a publicidade

    Tudo bem, brigadeiro é gostoso e tem carboidrato e gordura, que além das proteínas são os macronutrientes que o corpo precisa. Mas essa deliciosa bomba de chocolate não tem substâncias que são fundamentais para o funcionamento de todos os processos dentro do seu corpo: os micronutrientes, que são basicamente os minerais e vitaminas. Adivinha onde eles estão? Te dou uma chance e tenho certeza que você vai dizer: no brócolis!

    Sim, todos os legumes, vegetais, frutas e castanhas são ricos nos micronutrientes que o corpo precisa para ligar enzimas que produzem substâncias como a Serotonina, neurotransmissor do bem estar e a Melatonina, que nos faz dormir bem. Imagine que quando estamos estressados o corpo e o cérebro estão trabalhando na sua capacidade máxima. Não é difícil prever que eles precisam também do máximo de condições para funcionar. No momento em que mais precisamos de micronutrientes, o que a gente faz? Deixa de consumi-los! Trocamos frutas por doces, vegetais por fast food cheia de fritura e açúcar.

    Assim entramos em um looping de estresse, alimentação ruim, que vira informação de mais estresse. Não bastasse este ciclo, os alimentos ultraprocessados, esses todos empacotados e cheios de aditivos, junto com os adoçantes artificiais, têm uma diversidade de componentes químicos que matam as bactérias boas que vivem em nosso intestino. A disbiose, essa mudança da flora intestinal causada por uma alimentação ruim, também é interpretada pelo cérebro como mais ameaça, fazendo com que o estresse fique ainda maior.

    Continua após a publicidade

    Quando pensamos em aliviar o estresse, três pilares são fundamentais.

    1

    O primeiro deles é reconhecer o estresse, quais situações te estressam e como o estresse se manifesta no seu corpo. Para mim, aumentar o consumo de café é um sinal. E para você? Já pensou sobre isso?

    2
    Continua após a publicidade

    O segundo pilar é fazer com que seu corpo saiba desligar a resposta de luta ou fuga e podemos fazer isso ligando uma outra resposta, a de relaxamento. Atividades que nos tragam a sensação de segurança e calma. Fazer uma lista delas e colocar com mais frequência na sua rotina, ajuda a trazer o organismo com mais facilidade para o equilíbrio após uma situação estressante.

    3

    O terceiro pilar são as estratégias de adaptação, ou seja, cultivar uma base mais estável para aqueles momentos em que lidar com situações estressantes é inevitável. Aqui podemos pensar em manter nossas relações mais significativas, desenvolvermos a espiritualidade, manter a terapia em dia, mas também deixar o corpo mais resistente, através de exercício, sono e comida, é claro!

    Se você quer desestressar, pode começar pela boca! Talvez seja difícil largar o brigadeiro de cara, então comece aumentando a variedade de frutas, legumes, vegetais e castanhas no seu prato. Ofereça ao corpo o que ele precisa para trabalhar e você vai perceber que aos poucos a vontade insaciável de devorar tudo o que você vê pela frente diminui. Para mim fica bem claro que quando volto o olhar para alimentação e ofereço o que meu corpo precisa, a compulsão desenfreada por café diminui e volto a tomá-lo com calma, saboreando, pelo simples fato de que gosto.

    Vou te fazer um convite para refletir, agora que você já sabe que comida é informação: na sua próxima refeição, como seria um prato para realmente aliviar o estresse?

    Continua após a publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.