Jovens brasileiros estão obesos, aponta pesquisa
Os jovens brasileiros estão mais obesos, abusando mais no consumo de bebidas alcoólicas e ansiosos, mostram dados inéditos de um inquérito telefônico realizado em todo o país e divulgado no mês de junho.
A pesquisa foi realizada pelo Covitel 2023 (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis na Era da Pandemia), desenvolvido em conjunto pela organização global de saúde pública Vital Strategies e UFPel (Universidade Federal de Pelotas), com financiamento da Umane. Apoiado pela Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), mais de 9 mil pessoas participaram.
Um dos dados coletados é o percentual da população com IMC (Índice de Massa Corporal) igual ou superior a 30 kg/cm² (o que caracteriza a obesidade). Em 2022, o índice representou 9% da população de 18 a 24 anos, subindo para 17,1% em 2023.
A obesidade é um problema crescente no Brasil e em muitos outros países. A falta de atividade física, a alimentação inadequada e o aumento do consumo de alimentos processados e ricos em açúcar têm contribuído para o aumento dos índices de obesidade entre os jovens, que está associada a uma série de problemas de saúde, como diabetes, doenças cardíacas, problemas articulares e uma maior probabilidade de desenvolver outras condições crônicas.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas por parte dos jovens também é uma preocupação. O consumo precoce e em excesso de álcool pode ter efeitos negativos na saúde física e mental dos jovens, além de aumentar os riscos de acidentes, comportamento de risco e problemas sociais.
A ansiedade também tem sido cada vez mais prevalente entre os jovens. Fatores como pressões acadêmicas, sociais e econômicas, além da influência das mídias sociais, podem contribuir para altos níveis de ansiedade. A ansiedade crônica pode afetar o bem-estar geral, a qualidade de vida, os relacionamentos e o desempenho acadêmico e profissional dos jovens.
Esses problemas têm um impacto significativo na saúde e no futuro dos jovens. É fundamental que haja um trabalho conjunto entre os governos, instituições de saúde, escolas, famílias e a sociedade em geral para abordar essas questões.
Sabemos que grande parte destes jovens (18 a 24 anos) está estudando e/ou trabalhando. Por isso, abordar esses temas no ambiente corporativo é uma excelente estratégia para promover a melhora da saúde para o colaborador, resultando em melhores resultados e produtividade para as empresas.
Que tal abordar o tema também entre os familiares? Pode ser uma boa estratégia para conseguir virar o jogo!
BIANCA VILELA é autora do livro Respire, palestrante, mestre em fisiologia do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e produtora de conteúdo. Desenvolve programas de saúde em grandes empresas por todo o país há quase 20 anos. Na Boa Forma fala sobre saúde no trabalho, produtividade e mudança de hábitos. Não deixe de visitar o Instagram: @biancavilelaoficial