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Quais os perigos dos cigarros eletrônicos?

Por Mariana Marcondes
Atualizado em 21 out 2024, 22h27 - Publicado em 13 dez 2022, 11h20
Garoto fumando cigarro eletrônico
 (Ruslan Alekso/Pexels)
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Cigarros eletrônicos são dispositivos movidos a bateria que aquece um líquido geralmente contendo nicotina e outras milhares de substâncias, produzindo um aerossol que o usuário inala.

Tais dispositivos entraram no mercado com tudo em 2022 e são a mais nova estratégia para aliciamento da indústria para captação de mais e mais fumantes.

Evidências científicas apontam que os aerossóis produzidos pelos cigarros eletrônicos contêm quase 2 mil substâncias, muitas delas desconhecidas ainda, que dirão seus efeitos a longo prazo.

Assim como o cigarro tradicional a base de tabaco os cigarros eletrônicos contêm nicotina que já sabiamente a muito tempo conhecemos os efeitos colaterais de sua exposição como: aumento da frequência cardíaca, aumento do risco de trombose, aumento do colesterol, aumento da inflamação e aumento do risco de doenças cardiovasculares a exemplo infarto e AVC.

Os cigarros eletrônicos não expõem o usuário a alguns dos constituintes da fumaça do cigarro tradicional, a exemplo o alcatrão, entretanto a exposição a outras substâncias já tem sido vista causando danos pulmonares como pneumonia, piora da tosse e asma.

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No público feminino aumenta o risco de infertilidade e problemas gestacionais tais como: descolamento de placenta, má formação fetal, parto prematuro, aborto e outros.

Atualmente não temos dados suficientes para afirmar se o cigarro eletrônico aumenta o risco de câncer de pulmão por exemplo, entretanto, já sabemos que existem sim muitas substâncias cancerígenas nos líquidos dos dispositivos.

A preocupação das sociedades médicas cresce ainda mais principalmente na população de não fumantes pois, temos notado um aumento de não fumantes tradicionais fumando cigarros eletrônicos, particularmente adolescentes, aumentando o risco de se tornarem tabagistas a longo prazo e normalizando o comportamento de fumar.

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Respondido por:

Dra. Mariana Marcondes, médica oncologista da Clínica de Oncologia Médica (Clinonco). Instagram: @clinonco

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