Sim, mas os cuidados a serem tomados com esses pacientes é maior: medição mais frequente da glicemia no intra e pós-operatório é essencial.
A cirurgia plástica, assim como qualquer outra cirurgia, é um trauma, uma agressão ao organismo, que se defende. Assim, é muito comum haver aumento da glicemia durante ou após a cirurgia como resposta normal ao trauma e pode haver necessidade de dose extra de insulina.
O jejum, necessário para que o estômago esteja vazio no momento da anestesia, pode causar uma hipoglicemia e oferecer glicose endovenosa pode ser necessária.
Na diabetes, a medicina do estilo de vida é ainda mais importante. Dieta adequada, com alimentos que não aumentem a glicemia de forma abrupta, chamados alimentos de baixo índice glicêmico, deve ser seguida à risca, obviamente sempre, mas em período pré-operatório ainda mais importante.
O exercício físico melhora a resistência à insulina, ou seja, uma quantidade menos de insulina faz a função de forma mais eficiente. Cigarro e álcool pioram muito o controle da diabetes e consequentes danos ao organismo.
A cirurgia em pacientes diabéticos é muito frequente, uma avaliação pré-operatória com orientação adequada é imprescindível para o sucesso da cirurgia.
Dra. Beatriz Lassance, cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. Instagram: @drabeatrizlassance