É possível amamentar durante o tratamento de câncer?
Mulheres que estejam realizando sessões de quimioterapia ou radioterapia não são aconselhadas a amamentar durante o tratamento de câncer, por conta do risco da medicação passar pelo leite e intoxicar o bebê. Como opção, o lactente pode receber fórmulas infantis adequadas a menores de seis meses ou um ano, a depender da faixa etária. A mulher pode ainda recorrer ao banco de leite na tentativa de alimentar o bebê com leite humano,
É necessário aguardar até que a medicação seja metabolizada pelo organismo, em tratamentos quimioterápicos e hormonioterápicos, para que o aleitamento seja seguro para a saúde do bebê. Depois do término da quimioterapia, o ideal é esperar de 60 a 90 dias, dependendo da droga utilizada. Mas, em geral, após a quimioterapia, a maioria das pacientes precisa dar continuidade com a hormonioterapia, que também impede a amamentação.
Quanto aos riscos de conter algum resíduo de remédio que impeça o bebê de ser amamentado, vale ressaltar que pacientes que já tiveram câncer de mama e, agora, estão em fase de segmento, podem realizar o aleitamento sem problema nenhum, porque não existem mais substâncias prejudiciais ao bebbê.
Além disso, pacientes que retiraram uma das mamas e têm a outra sem alteração também podem amamentar. Já em mulheres que fizeram a retirada parcial do seio, pode depender do tipo de cirurgia realizada e como a doença se manifestou. Se os dutos que levam o leite até o mamilo não tiverem sofrido alteração, o aleitamento pode ocorrer naturalmente.
Dra. Gabriella Maria Ramos Ávila, pediatra do Grupo Prontobaby.